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Foto: Luiz Estumano. |
Perante uma assembleia formada pelo povo de Deus, o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, presidiu a Santa Missa solene pela comunhão e Ação de Graças a Deus pelos 300 anos de criação da Diocese de Belém do Pará, atual Arquidiocese de Belém. A Eucaristia foi concelebrada pelos Bispos da Arquidiocese do Pará, Amapá e Maranhão, na celebração que marcou o início das comemorações pelos tricentenário da missão de evangelização na Amazônia.
A cerimônia ocorreu na sexta-feira, 22 de fevereiro, e contou com a participação do clero arquidiocesano, de religiosos e religiosas, das comunidades de vida consagrada, pastorais, movimentos, além de inúmeras caravanas com paroquianos oriundos das 91 paróquias da Arquidiocese.
As celebrações do Ano Jubilar (2019-2020) comemoram todo o empenho da Arquidiocese de Belém para manter viva e edificante a missionariedade da quinta arquidiocese mais antiga do Brasil.
A celebração jubilar está centrada no tema “Anunciando o Evangelho de Jesus Cristo na Amazônia” e o lema “Ide e anunciai” (Mc 16,15).
Memorial dos três séculos de Missão
A criação da Diocese de Santa Maria de Belém do Grão Pará ocorreu no dia 4 de março de 1719. Mas em função da folia momesca, a festa pelo solene aniversário foi antecipada pela Arquidiocese de Belém, cuja celebração ocorreu no dia 22 de fevereiro.
A trajetória trisecular da Igreja de Belém foi demarcada pela histórica participação do cônego Cláudio de Souza Barradas, integrante do Cabido Metropolitano de Belém. Utilizando-se de narrativa entrecortada pela participação dos fiéis presentes no Mangueirinho, ele fez uma síntese da caminhada da Igreja particular da Amazônia, saudando a todos pela chegada dos 300 anos de evangelização.
A Igreja Católica surgiu em Belém com a chegada dos primeiros missionários jesuítas que construíram no Forte do Presépio a Catedral de Santa Maria de Belém, a primeira igreja católico da região.
Igreja missionária
A criação de paróquias e a instalação de áreas missionárias, assim como a Ordenação de novos sacerdotes e as visitas pastorais à Região Episcopal que ocorrerão de março a agosto são parte da programação para as celebrações pelo Ano Jubilar, adianta a Arquidiocese de Belém.
São atos de cunho missionário que reforçarão a identidade missionária na evangelização da Arquidiocese de Belém, em conformidade com o projeto pastoral indicado pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa.
Criação da Diocese
Através da Bula ‘Copiosus in Misericórdia’, o Papa Clemente XI criou a Diocese de Belém, desmembrada da então Diocese do Maranhão, a pedido de Dom João V de Portugal, com o nome de Diocese de Santa Maria de Belém do Grão Pará, a quinta no Brasil.
Ao longo dos 187 anos como Diocese, teve 13 Bispos e cinco Paróquias: Nossa Senhora da Graça (Catedral Metropolitana), Sant’Ana da Campina, Nossa Senhora da Conceição (Benfica), Santíssima Trindade e Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, hoje Basílica Santuário de Nazaré. Dela se originaram outras Prelazias, Dioceses e Arquidioceses, como a de Manaus e a de Porto Velho.
No dia 1° de maio de 1906, o Papa São Pio X, através da Bula ‘Sempiternum humani generis’, elevou a então Diocese à Arquidiocese e sede Metropolitana. Dessa forma, as Dioceses do Amazonas, Piauí, Maranhão e a Prelazia de Santarém (hoje Diocese) deixaram de ser sufragâneas de Salvador da Bahia para o serem da Arquidiocese do Pará.
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