![]() |
|
Os leitores que estiveram visitando este canto de página na edição passada acompanharam o que foi exposto sobre os valores naturais inerentes à natureza humana, em uma abordagem que não pretendeu enveredar pelo campo acadêmico, mas sim, partilhar vivência do dia a dia. Na mesma linha, ora estaremos enfocando mais dois valores naturais que recebemos do Criador: vontade e liberdade.
Enquanto ‘vontade’ é citada no dicionário como faculdade, sentimento, ‘liberdade’ é entendida pela Igreja como: “O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade do homem, sobretudo em matéria religiosa e moral. Mas o exercício da liberdade não implica o suposto direito de tudo dizer e fazer” (CIC §1747). Bem sabemos, a vontade permeia a vida desde a mais elementar necessidade até o mais nobre propósito, enquanto a liberdade, que efetivamente liberta, deve ser filtrada pela razão, pautada pela consciência moral.
Por vezes, a vontade escraviza o homem (ou a mulher) pelo impulso, encontrando-se na razão, na consciência moral, os parâmetros que levam à liberdade. Enquanto o homem, em geral, se encanta pelo que vê, a mulher é sensibilizada pelo que ouve. Mesmo casado, o homem pode sentir-se motivado ao ver outra mulher. No entanto, quando a vontade, o ‘sentir’, o leva ao ‘consentir’, prevalece o impulso, ocorrendo a infidelidade. Quanto à mulher, os leitores mais antigos estão lembrados do chamado galanteio, quando um homem se insinuava a uma mulher,dizendo palavras como:linda! Ou lançava o assovio do tipo ‘fiu-fiu’. Cabe à mulher rejeitar ou permitir que a lisonja atinja seu coração.
Inteligência, consciência moral, vontade e liberdade, são dotes que, associados às virtudes teologais (fé, esperança e amor), elevam o homem e a mulher à dignidade de semelhantes ao Criador.
|
