“Feliz Círio pra ti” por mestre Dimitri Cunha

Direto da cidade de Bagre, no Marajó, músico homenageia Nossa Senhora

Uma expressão muito comum da região metropolitana de Belém e que ganhou força no interior do estado do Pará e hoje, ganha o mundo.

Desejar Feliz Círio, tem um potencial que chega a ultrapassar o também popular Feliz Natal e Feliz Páscoa, pois adere em si a grandiosidade do Círio de Nazaré que na saudação tem a realidade antecipada e atualizada ano após ano. Os cantos natalinos são comuns, já o canto do Círio ou do Feliz Círio têm o objetivo de nos conceituar ainda mais sobre está grande festa.

A música, é um trabalho autoral de mestre Dimitri Cunha, que é também o intérprete. Morador de Bagre, no arquipélago marajoara, há mais de 30 anos, ele rememora toda uma trajetória familiar e cultural para construir a canção que homenageia Nossa Senhora de Nazaré. 

“A música fala desde as novenas, isso ai é um memorial, de algo que hoje eu não tenho mais, eu trouxe das procissões que participava desde criança. A música rememora minha mãe, minha tia, pois eu vivia a cada ano fervorosamente o Círio,porque assim foi me ensinado, participando das novenas, depois participei do Terço dos Homens, quando morava na Marambaia, vivi tudo isso, então foi tudo canalizado nessa canção”, destacou mestre Dimitri.

O trabalho tem arranjos do regente Adriano Monteiro da cidade de Curralinho e sua letra fala da energia que antecede o Círio de Nazaré e tem no refrão o festivo FELIZ CÍRIO PRA TI! Que dá nome a canção.

O projeto reúne ritmos amazônicos, tais como o Marabaixo amapaense, o Carimbó paraense e no toque do banjo, uma influência dos repicados dos bumbás do Amazonas. Afinal, Nossa Senhora.de Nazaré é a Rainha da Amazônia.

O refrão apresenta um coro de crianças de projetos socioculturais da região do Marajó, entre os quais o“Formiga de Fogo”, em Bagre, “Prelazia do Marajó” e “Maresia”, em Curralinho, da Diocese de Ponta de Pedras. Outro projeto representado também é“Curumins”, em Breves.

Vários instrumentos utilizados na canção valorizam a obra, fornecendo traços distintos entre a ancestralidade raiz, a vanguarda e o clássico.

Fonte: Divulgação artista
Fotos: Ananda Coimbra

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