Com informações agência Ecclesia. O Papa Francisco recebeu no sábado, 18, no Vaticano, refugiados e suas famílias que foram salvos por corredores humanitários e destacou que o acolhimento destas pessoas é “um compromisso concreto pela paz”.
“A vós promotores dos “corredores”, aos religiosos e religiosas, às pessoas e entidades que participam gostaria de dizer que são os mediadores de uma história de integração, não intermediários que ganham tirando proveito da necessidade e do sofrimento. Não são intermediários, mas mediadores, e mostram que se pode efetivamente acolher e integrar; é um compromisso concreto pela paz”, referiu Francisco, discurso divulgado pela Santa Sé.
O Papa agradeceu a todos os intervenientes, saudou os refugiados e famílias presentes, vindos da Itália, França, Bélgica e Andorra pelos corredores humanitários e enalteceu o trabalho da Comunidade de Sant’Egidio, da Federação das Igrejas Evangélicas e da Mesa
Valdense, tanto à rede acolhedora da Igreja italiana, em particular da Caritas, como ao empenho do Governo italiano e dos Governos que receberam.
“A Comunidade S’Egidio, são bravos… gosto de ver os irmãos juntos a trabalhar e não a destacar as diferenças e obrigado à rede italiana que foi generosa”, afirmou Francisco, de improviso.
O Papa recordou que “os corredores humanitários foram lançados em 2016”, salientou ser uma “iniciativa tragicamente oportuna”, mas “mais que necessário”.
O Mediterrâneo converte-se num cemitério, é duro isso, os corredores humanitários são para assegurar vidas”.
Francisco também não esqueceu quem ajudou a acolher os refugiados que “atravessam fronteiras e, mais ainda, os muros da indiferença em que muitas vezes se despedaça a esperança de tantas pessoas, que esperam anos em situações dolorosas e insustentáveis”.
“Aqui saúdo as centenas de pessoas, famílias, comunidades que se disponibilizaram generosamente para realizar este processo virtuoso. Abriram seus corações e suas casas, apoiaram a integração com seus recursos e envolveram outras pessoas. Obrigado de coração: representam uma bela face da Europa, que se abre para o futuro”, disse o Papa Francisco.
No fim, Francisco dirigiu ainda uma saudação aos refugiados ucranianos, reforçou que “não desiste de pedir e esperar a paz”, pedindo orações, e seguiu-se um tempo de cumprimentos a refugiados e famílias, bem como aos promotores dos corredores humanitários.