O Papa presidiu no domingo, 09, a Missa na Capela Sistina, com o Batismo de 16 bebés, assinalando o final do tempo litúrgico do Natal, pedindo aos pais e padrinhos que guardem, todos os dias, esta “identidade cristã”.
“Receber a identidade cristã: é isto, simplesmente. Os vossos filhos recebem hoje a identidade cristã. E vos, pais e padrinhos, devem custodiar esta identidade, este é o vosso trabalho, durante a vida: custodiar a identidade cristã dos vossos filhos”, referiu Francisco, numa homilia improvisada, de três minutos, no dia da festa do Batismo do Senhor.
Em 2021, este momento de celebração na Capela Sistina acabou por ser anulado, por causa da pandemia de Covid-19.
A intervenção começou por evocar um hino litúrgico da festa do Batismo do Senhor, no qual se refere que o Povo de Israel ia ao Rio Jordão com os pés e a alma “descalços”.
O Papa destacou que a preservação desta identidade é um trabalho de “todos os dias”, através dos quais pais e padrinhos ajudam os recém-batizados a “crescer com a luz que recebem hoje”.
“Esta é a mensagem de hoje, custodiar a identidade cristã”, insistiu.
Francisco destacou que a cerimônia é “um bocadinho longa”, num ambiente estranho para as crianças, pedindo que estas fossem deixadas à vontade.
A Capela Sistina, inaugurada pelo Papa Júlio II em 1512, acolhe desde 1983 a Missa com o Batismo de crianças, por decisão do Papa João Paulo II.
A celebração, com vários gestos simbólicos próprios do sacramento, decorreu este ano com a colocação excepcional de um altar alguns metros diante da representação do Juízo Final, de Michelangelo, em vez do antigo altar colocado sob a mesma – que levava o presidente a celebrar “versus Deum” e não de frente para a assembleia.