Como uma ação prevista no Plano de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (2019-2023), aprovado pelo Conselho Permanente da CNBB, a marca da Conferência passou por um processo de modernização à luz das premissas do designer contemporâneo, mantendo os elementos e símbolos originais que constituem a sua tradição.
A proposta de modernização da marca foi aprovada pelo episcopado brasileiro, na 59ª Assembleia Geral da CNBB, em agosto de 2022, em Aparecida (SP). A partir desta quarta-feira, 18 de janeiro de 2023, iniciou-se uma transição, de forma gradual e processual, junto aos diferentes atores que lidam com a marca (responsáveis pela comunicação dos regionais da CNBB, pastorais e organismos vinculados, comissões episcopais e Edições CNBB).
Como parte desse processo, a Assessoria de Comunicação da CNBB, responsável pelo trabalho de reposicionamento da marca, realizou uma reunião on-line com os representantes da área de comunicação dos 19 regionais da CNBB.
Durante a reunião, o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Giovanni Mol, salientou que o reposicionamento da marca CNBB não se resume a apenas redesenhá-la. “Não é um mero redesenho. Olhando para a marca precisamos vê-la; ouvi-la, senti-la, por isso que esse trabalho exigiu tempo e estudo”, disse.
Dom Mol recordou que a atual marca da CNBB está atribuída a dom Aloísio Lorscheider, que também foi secretário-geral da CNBB e, depois, presidente da CNBB por dois mandatos. “Ele era um homem vigoroso, forte na fé, na dedicação, na bravura, na docilidade”. Segundo dom Mol, o Espírito Santo inspirou dom Aloísio para que ele pudesse chegar a ideia da marca da entidade.
Outro ponto importante, salientando por dom Mol, é que é preciso enxergar na marca da CNBB algumas características que são importantes dos bispos. “É preciso enxergar o episcopado ali presente, e ao enxergar o episcopado, o objetivo é ver a sua totalidade. Queremos, ao ver a marca, perceber o todo episcopado do Brasil”, disse.
Por fim, dom Mol explicou que, com o reposicionamento, a marca passou a ter o rosto daquele que está legitimamente, teologicamente e pastoralmente representando a todos, que é o Espírito Santo. “Ao mostrar o Espírito, nós estamos vendo o pastoreio dos bispos, o seu ministério, porque esses só são possíveis de serem realizados na luz do espírito”, disse.
O processo e as orientações
Na reunião, coube à professora da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas, Dulce Albarez, especialista em Design Gráfico, fazer a apresentação da nova assinatura visual da CNBB e falar sobre o processo que orientou a sua modernização. Ela afirmou que o processo se baseou em uma tendência atual do design, o “minimalismo”, que advoga que menos é mais, e que prima pela simplicidade na comunicação em meio ao mundo caótico e confuso.
“A percepção de uma marca, no ambiente de comunicação hoje, precisa ser assegurada no tempo máximo de 90 segundos. Neste sentido, a renovação de uma marca sempre é um grande desafio”. Desde o princípio ela explicou que pensou em realizar um reposicionamento e não criar uma marca inovadora.
A modernização da marca da CNBB, segundo a professora, buscou ter o cuidado em manter todos os elementos presentes no desenho original, de uma forma mais legível, moderna, simplificada e minimalista. Ela também alterou alguns ângulos aumentando os espaços negativos para trazer mais suavidade à marca.
Na primeira marca o cajado está atrás e, na nova, o cajado do lado esquerdo e voltado para a direita, com a intenção simbolizar que o olhar dos bispos esteja direcionado para frente, para o presente e para o futuro, conforme o plano cartesiano.
O azul, segundo ela, também ficou mais vivo dando a ideia de que a cor está diretamente ligada à cor do céu. “Um azul que ilumina o caminho, que traz vida e ao mesmo tempo sabedoria, profundidade, equilíbrio e principalmente verdade”, ressaltou. A tipografia, informou, também foi escolhida por ser clara, objetiva, neutra, minimalista e com alto grau de legibilidade.
A gestão da nova marca
Exemplos de aplicação incorretas da marca que constarão de seu manual de aplicação.
Ainda durante a reunião foram apresentados os usos incorretos da nova assinatura. Cabe à Assessoria de Comunicação da CNBB, a partir de agora, fazer a gestão e supervisão da aplicação correta da nova marca.
O processo de transição para o uso da nova marca será feito gradualmente e de forma processual, tendo sido iniciado com os jornalistas e comunicadores responsáveis pela comunicação dos 19 regionais da entidade, neste 18 de janeiro.
A CNBB também começou a adotar a nova assinatura visual em suas plataformas de comunicação (site e redes sociais) e vai avançar para a sua aplicação em papelaria e material de escritório e em outros materiais para manter a nova identidade visual.
Aos poucos e, em breve, novas reuniões com outros grupos que manejam a marca, como pastorais e organismos da Igreja e da CNBB e Comissões Episcopais, serão realizadas, com o objetivo de dar continuidade ao seu processo de implementação.
Pedidos de uso
O Manual de Identidade Visual, enviado a todos os bispos do Brasil, está disponível na página da CNBB. Quem precisar usar a marca necessitará pedir os arquivos corretos para Assessoria de Comunicação da CNBB no e-mail: imprensa@cnbb.org.br.