Seminaristas e a experiência missionária

Evento ocorreu na arquidiocese de Manaus, diocese de Coari e na prelazia de Itacoatiara

 

Missão é experiência de encontro, momento de ensinamento e aprendizado, de partilhar a vida e a fé, de encontrar Deus naquele com quem se depara. A I Experiência Vocacional Missionária, de 05 a 17 de janeiro, que reúne – na arquidiocese de Manaus, na diocese de Coari e na prelazia de Itacoatiara – 280 missionários e missionárias, em sua grande maioria seminaristas, está sendo muito enriquecedora para quem chega e para quem recebe.

Daniel Barreto está no 4° ano de Teologia na diocese de Quixadá (CE) e faz parte do grupo itinerante que está conhecendo diferentes realidades da arquidiocese de Manaus. Ele diz estar vivendo a experiência como um momento de conversão pessoal em sua vida e vocação. Deus fez com que ele tenha superado sua expectativa, que era “de apenas conhecer a realidade da Igreja na Amazônia, que já é de grande importância”. O seminarista destaca o encontro com diversas pessoas, escutando seus testemunhos como algo que é de imenso valor para a sua  vocação.

Segundo Daniel, a experiência está ajudando os missionários a adquirirem outro olhar sobre a Igreja. A missão está ajudando-o a compreender que não será ordenado somente para sua diocese, mas como um sacerdote para a Igreja. O seminarista Reginaldo Fernandes, da diocese de Caratinga (MG), que será ordenado diácono no dia 5 de março, também está no mesmo grupo itinerante de Daniel. Ele considera muito rica a experiência, destacando as diferentes realidades e a importância de “testemunhar a presença da Igreja que é muito viva aqui também nesta região”.

A realidade do povo
Dona Inira acompanha os 5 missionários que participam dessa experiência na paróquia Nossa Senhora do Rosário da Prelazia de Itacoatiara (AM). Ela diz estar “tendo a oportunidade de sentir a realidade do povo da nossa comunidade, está sendo uma grande experiência. Eu pude perceber o quanto o nosso povo precisa da Palavra de Deus, precisa ser ouvido, acolhido, e que a missão está servindo para dar esse alento”.

Dois desses seminaristas são o Taylor Ferrari, da diocese de Cachoeiro do Itapemirim (ES) e Bruno Maia, da arquidiocese de Manaus (AM). Para o seminarista capixaba, participar desta experiência o faz conhecer o rosto da Igreja na Amazônia”. Ele relata as inúmeras realidades que desafiam não somente o missionário, mas a população em geral, vendo o tempo passado em Itacoatiara como dias enriquecedores na sua caminhada enquanto seminarista.

Na comunidade São Sebastião, da área missionária São José do Rio Negro, na arquidiocese de Manaus, Aleisson Amaral, da diocese de Araçuaí (MG), diz estar aprendendo com a comunidade. O seminarista conta que conheceu o povo indígena “Baré”, oriundo do município de São Gabriel da Cachoeira. “Eles se organizam na associação e na aldeia e vivem a religiosidade, são devotos de São Sebastião, fazem também os festejos do Divino Espírito Santo, festejam Santo Alberto e São Pedro”, conta. A comunidade se reúne aos domingos para celebrar a Palavra e a celebração da Santa Missa uma vez por mês.

“Estamos visitando as famílias, conhecendo a realidade, aprendendo deles, também experimentando a culinária, o modo como eles fazem as coisas. Estão nos ensinando, tem sido ótimo vivenciar e experimentar coisas novas, saber que também aqui na Amazônia o povo tem fé, o povo é batalhador e que procuram do seu jeito viver em comunidade, viver seguindo Jesus Cristo”, relata o seminarista da diocese de Araçuaí. A experiência missionária está lhe ajudando a se aproximar cada vez mais de Jesus Cristo através do testemunho de fé de muitas pessoas, que estão espalhadas no mundo.

Uma alegria que também está vivendo dona Rose, da comunidade Nossa Senhora de Fátima, na paróquia Cristo Libertador de Manacapuru, diocese de Coari (AM). “Queremos agradecer a Deus por esse momento, por essa oportunidade que Ele está dando à Paróquia Cristo Libertador com os missionários. Esta missão está sendo muito importante, ela nos ajuda como líderes”, agradeceu.
Com informações e fotos: padre Luiz Modino

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