Simplicidade e sinceridade são a ‘credibilidade’ dos missionários

 

Francisco recebeu no sábado, 21, membros do Colégio Pontifício Urbano «de Propaganda Fide» a quem pediu «diálogo», «transparência» e «fraternidade». O Papa Francisco afirmou então que a credibilidade dos missionários advêm do seu estilo de “simplicidade e sinceridade”.

“Recordemos que os missionários são credíveis não por causa de um manto que usam ou das suas atitudes externas, mas sim por um estilo de simplicidade e sinceridade. Isto é transparência”, afirmou esta manhã num encontro com os superiores e estudantes do Colégio Pontifício Urbano «de Propaganda Fide», fundado em 1627 pelo Papa Urbano VIII, com o objetivo de formar clero para os territórios de missão.

Francisco pediu “coragem de autenticidade” para que a relação “com Deus e com os irmãos” seja real.

“A nossa proximidade com Deus e com os nossos irmãos é alcançada e fortalecida na medida em que temos a coragem de tirar as máscaras que usamos, talvez para parecer perfeitas, impecáveis e obsequiosas, ou simplesmente melhores. As máscaras não têm qualquer utilidade, caros irmãos e irmãs, não têm qualquer utilidade”, assinalou.
O Papa pediu o cultivo da sinceridade e da humildade, para que sem receio, de “contradições e limites” se possa “superar o medo de não corresponder a um modelo ideal”, tantas vezes na cabeça de cada pessoa.

“Cultivemos «a sinceridade e a humildade do coração que nos dão uma visão honesta das nossas fragilidades e da nossa pobreza interior»”, afirmou, lembrando a oração do Angelus, que rezou a 23 de Outubro de 2022.
Francisco lembrou ainda a oportunidade dos membros da «Propaganda Fide» de viverem em comunidade variada, em “culturas, línguas e sensibilidades” e pediu para cultivarem a capacidade de saírem de si próprios.

“A vida de fé é um contínuo «êxodo», uma saída da nossa mentalidade, do recinto dos nossos medos, das pequenas certezas que nos tranquilizam. A oportunidade de o fazer neste tempo na vida comunitária, especialmente numa comunidade formativa tão rica e variegada como a sua, com muitas culturas, línguas e sensibilidades. Este é um grande dom, do qual pode ser enriquecido na medida em que cada pessoa consegue sair do seu próprio recinto para se abrir aos outros, ao seu mundo e à sua cultura”, sublinhou.

Aos membros dão Colégio Pontifício, Francisco pediu ainda que enfrentem o desafio da fraternidade, “mesmo quando esta exige dificuldades e renúncias” e que estejam abertos ao diálogo, com Deus e entre irmãos.

“O vosso mundo e a Igreja também precisam de testemunhas de fraternidade: que sejam tais, de vez em quando, quando regressarem às vossas dioceses e países, muitas vezes marcados por divisões e conflitos”, pediu.

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