Na manhã desta segunda-feira (27), o Papa Francisco recebeu em visita ad Limina, no Vaticano, os bispos da Conferência Episcopal do Canadá Ocidental.
Muitos são os desafios sociais e as problemáticas pastorais para Igreja católica naquele país, nos últimos anos, um dos mais secularizados ao mundo e entre aqueles mais avançados na legitimação de práticas controversas que interpelam questões éticas como a reprodução assistida, a clonagem humana, a eutanásia e o suicídio assistido.
O comprometimento dos bispos sobre tantas temáticas abertas é grande para levar a mensagem evangélica ao coração de cada pessoa. A Igreja canadense é assídua sobre argumentos como a paz no mundo, o desarmamento, o desenvolvimento sustentável e a proteção do ambiente, a justiça social, a defesa das populações indígenas, dos imigrantes e refugiados, de todos os excluídos da sociedade.
Entre os temas mais dolorosos levantados em questão durante o encontro com o Pontífice, aquele sobre os casos de abusos e maus tratos às crianças, ocorridos no passado e que a Igreja canadense reconheceu e pediu perdão.
Na audiência com o Papa, os bispos também abordaram o profícuo diálogo ecumênico e inter-religioso em defesa dos princípios da solidariedade e da convivência dos povos, visto o recente ataque à mesquita de Quebec e as medidas restritivas de migração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A população, de 35 milhões de habitantes, é um mosaico de povos de diversas origens, agrupados em duas áreas culturais e linguísticas, ligadas à sua colonização: o país é bilíngue e multicultural, com o inglês e o francês como línguas oficiais. Historicamente influenciada, 40% são batizados católicos, um outro terço é de protestantes; os muçulmanos são 2%, seguidos de hebreus, budistas e hindus com 1% cada um. O Canadá é o segundo maior país do mundo, superado apenas pela Rússia, e um dos mais desenvolvidos do planeta.
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