IPAR promoveu conferência para o Sínodo da Amazônia

Foto: Divulgação.
 
Na última segunda-feira, 22, o Instituto de Pastoral Regional (IPAR) do Norte 2, organismo da  Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou a conferência “Sínodo para Amazônia”, na sede da CNBB, localizada na Av. Barão do Triunfo, em Belém, com o objetivo de promover a instrução dos missionários para um trabalho mais efetivo de evangelização na região amazônica.

Para a Irmã Vânia Carvalho, diretora do IPAR, o curso visa discutir a cerca da temática do Sínodo para Amazônia, que ocorrerá no mês de outubro, em Roma, e sua importância para a Igreja e para a região. “Então nós abrimos esse espaço discursivo, de reflexão pensando na representação que a Amazônia tem pra nossa Igreja local, sobretudo, nesse momento que a gente discute sobre a questão dos povos tradicionais, sobre a complexidade que existe também, um pouco dessa história da Igreja da Amazônia levando em consideração a questão dos territórios, das comunidades tradicionais e pensando também na nossa evangelização quanto missionários para a Amazônia”, explicou a diretora.

Monsenhor Raimundo Possidônio da Mata, Vigário geral da Arquidiocese de Belém, ministrou a formação para os missionários e destacou a dinâmica de preparação para o Sínodo: “o processo de preparação para o Sínodo foi muito interessante, muito dinâmico e atingiu praticamente todo o território. Os números eles falam sobre isso: das assembléias, dos encontros, das bacias, dos encontros intra-regionais, dos territórios, das rodas de conversa, isso alcançou um universo de quase cem mil pessoas pelos cálculos que nós temos devido os relatórios que chegaram”.

Para Monsenhor Raimundo Possidônio, o grande desafio é realizar a missão na realidade mais distante da Amazônia: “então significa dizer que a Igreja, na verdade, ela está preocupada com essa problemática toda da Amazônia a partir do olhar da fé, da doutrina social da Igreja. Essa proximidade, como eu falei na questão do rosto amazônico, ela faz com que a Igreja seja uma espécie de parceira, de caminhar lado a lado no trabalho evangelizador, missionário que é o grande desafio nosso. Realizar a missão nessa realidade mais distante, de uma Igreja próxima de uma igreja presente, de uma igreja que promova encontro entre as pessoas”, finalizou o Vigário geral.

Durante a formação, Monsenhor abordou diversas temáticas entre elas, a Igreja com o rosto amazônico. “O rosto amazônico da Igreja, ela é uma espécie de aproximação dessa realidade que nós vivemos aqui em todo o contexto da região amazônica, do ponto de vista não só das questões antropológicas, sociais, econômicas, mas, sobretudo, cultural. A nossa Amazônia, ela tem uma riqueza muito grande a partir das culturas que aqui existem sejam aquelas ancestrais, tradicionais, sejam aquelas que chegaram depois pelo processo migratório. Então desde Santarém, em 1972, que a Igreja procurou ter esta proximidade dos problemas e da evangelização”, ressaltou o formador.

A conferência contou com a participação de lideranças de diferentes estados do Brasil e do Estado do Pará. Bruno Lima, integrante da pastoral da juventude de Bragança, localizada no nordeste do Pará, viu a conferência como uma oportunidade de experiência pra sua missão pastoral.  “A experiência que eu vir buscar aqui a partir da formação do Sínodo é identificar o meu caminho de missão e saber o solo que eu estou pisando. Nesse solo amazônico, a Igreja que está na Amazônia, e fomentar a minha missão pastoral. Então é um momento oportuno e ímpar para todas as pessoas, que estão aqui fazendo esse curso, e também para mim de buscar essa formação e identificar o solo que eu estou pisando”, concluiu Bruno.

Para Ir. Vânia, a participação de pessoas oriundas de outros estados do Brasil é fundamental para a promoção de um conhecimento mais amplo da Amazônia. “Para vir trabalhar aqui, pra vir evangelizar aqui na Amazônia é preciso conhecer essa realidade amazônica, então por isso que o objetivo do nosso curso ‘missionários para Amazônia’, sobretudo, falando do sínodo para Amazônia é tentar mostrar para esses missionários, religiosos e religiosas, que estão vindo de fora para conhecer um pouco dessa nossa realidade, como evangelizar em terras amazônicas”.

 
 

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