Na Amazônia, silenciar e ouvir o canto de harmonia dos povos

 
A irmã italiana Tea Frigério é uma missionária xaveriana que vive e trabalha nas pastorais amazônicas há 42 anos. Pós-­graduada em assessoria bíblica e membro da equipe de formação do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), ela participou do Encontro sobre Ecoteologia promovido pela REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica) em Brasília, nos dias 16 e 17 de agosto. E no âmbito do debate “Alcances e Limites da Laudato si à luz da Ecoteologia no Brasil”, a irmã propôs uma reflexão contextual sobre o as vozes do ecossistema, questionando sobre o potencial e a fragilidade do povo amazônico. 
 
“Silenciar e escutar o canto dos povos amazônicos; o que ele está cantando? Frente à Amazônia deveríamos silenciar. Sentir a brisa que sopra da floresta e escutar as suas vozes, para encontrar o caminho de harmonia e bem viver. O silencio nos faz escutar e provoca a reescrever a história da Amazônia, a partir dos ribeirinhos, do catador de castanha e de coco babaçu, dos seringueiros, das mulheres da Amazônia”.
 
“O silêncio também nos convida a tirar as sandálias para contemplar a mística da Amazônia e cultivar uma espiritualidade amazônica, numa lógica de complementariedade e escuta, resgatando a relação mística com a água e a terra”, completou.
 
 
 

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