Quatro arcebispos brasileiros receberão o pálio arquiepiscopal abençoado pelo Santo Padre

 

Fotos: Vatican Mediaarce.
 
Informações Vatican News, com Portal CNBB
Com fotos de Vatican Mediaarce 

O Papa Francisco abençoou os pálios que serão entregues aos arcebispos metropolitanos nomeados no último ano, entre eles quatro arcebispos brasileiros receberão a insígnia, abençoada durante a celebração da Solenidade de São Pedro e São Paulo no domingo, 28 de junho.

 
Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Salvador – Bahia; Dom Josafá Menezes da Silva, Arcebispo de Vitória da Conquista – Bahia; Dom Irineu Roman, Arcebispo de Santarém – Pará; e Dom Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus – Amazonas são os bispos que irão receber o pálio, que consiste em uma espécie de colarinho feito de lã branca com seis cruzes que representa o ministério do arcebispo à frente da Igreja metropolitana.
 
“Neste dia, benzem-se os pálios que serão entregues ao Decano do Colégio Cardinalício e aos Arcebispos Metropolitas nomeados no decorrer do último ano. O pálio recorda a unidade entre as ovelhas e o Pastor que, como Jesus, carrega a ovelha aos ombros e nunca mais a larga“, disse o Papa Francisco. 
 
Pálio
 
O Pálio é uma palavra derivada do latim “pallium”, manto de lã e consiste em uma vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica. É uma faixa de pano de lã branca que é colocada sobre os ombros dos arcebispos.
 
O pano faz referência a ovelha que o pastor carrega nos ombros assim como fez Cristo com a ovelha perdida. Deste modo pode-se dizer que o pálio é o símbolo da missão pastoral do bispo. O elemento também é uma prerrogativa dos arcebispos metropolitanos como símbolo de jurisdição em comunhão com a Santa Sé.
 
O Pálio é uma palavra derivada do latim “pallium”, manto de lã e consiste em uma vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica.
 
A história
 
Originalmente o pálio era o manto usado pelos filósofos e na arte paleocristã, eram pintados neste “manto” Jesus e os apóstolos. Esta prática foi posteriormente adotada também pela Igreja Cristã, com um uso semelhante ao do omoforion (uma tira de pano), muito mais larga que o pálio, atualmente usada pelos bispos ortodoxos e pelos bispos católicos orientais de rito bizantino.
 
O pálio era originalmente uma única tira de pano enrolada nos ombros e caída no peito na altura do ombro esquerdo; nos primeiros séculos do cristianismo foi trazido por todos os bispos.
 
Podemos ver nas iconografias que representam os primeiros bispos e santos, como Santo Ambrósio, Santo Atanásio, São João Crisóstomo, Santo Inácio de Antioquia, São Hilário e outros.
O primeiro caso conhecido de imposição do pálio a um bispo remonta a 513, quando o Papa Simmaco concedeu o pálio a São Cesário, bispo de Arles.
 
A partir do século IX reduziu-se ao formato atual de “Y”, com as duas extremidades descendo abaixo do pescoço até o meio do peito e nas costas e se tornando a marca registrada dos arcebispos metropolitanos que o obtiveram pelo papa. O Papa João Paulo II, por ocasião da noite de Natal de 1999, abertura do Jubileu de 2000, usava um omoforion com cruzes vermelhas.
 

A confecção do pálio
 
Dois cordeiros cuja lã é destinada, no ano anterior, são criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, em Roma. E desde 1644, são abençoados pelo Abade Geral dos Cônegos Lateranenses em Basílica, na Via Nomentana Complexo Monumental de Santa Inês, fora dos muros, no dia em que se faz memória da Santa, em 21 de janeiro.
 
Depois são levados ao Papa no Palácio Apostólico. O pálio é tecido e costurado pelas freiras de clausura do convento romano de Santa Cecília em Trastevere. Os pálios são armazenados na Basílica de São Pedro, em Roma, aos pés do altar de confissão (altar central), muito próximo ao túmulo do Apóstolo Pedro.
 
Como é o pálio
 
O pálio, em sua forma atual, é uma faixa estreita de tecido, com cerca de cinco centímetros de largura, tecida em lã branca, curvada no meio para poder repousar sobre os ombros acima da casula e com duas abas pretas penduradas na frente e atrás, de modo que – visto tanto na frente quanto atrás – a vestimenta lembra a letra “Y”.
É decorado com seis cruzes negras de seda (que lembram as feridas de Cristo), uma em cada cauda e quatro na curvatura, e é cortado na frente e atrás, com três alfinetes de gema aciculada em forma de alfinete. Essas duas últimas características parecem ser uma lembrança dos momentos em que o pálio era um simples lenço duplo dobrado e pregado com um alfinete no ombro esquerdo.
 
Piero Marini para o Papa Bento XVI restaurou o uso do longo e cruzado pálio no ombro esquerdo usado até o século IX, deixando inalterada a forma do pálio concedido aos arcebispos, com as duas abas penduradas no alto centro do peito e no meio das costas.
 
Por ocasião da Missa de 29 de junho de 2008 (Solenidade dos Santos Pedro e Paulo), o Papa voltou a usar um pálio em formato de “Y”, similar ao usado comumente pelos metropolitas, mas com forma mais ampla e com a cor vermelha das cruzes: essas diferenças hoje põe em evidencia a diversidade da jurisdição, reservado para o Bispo de Roma, enquanto que em épocas anteriores em períodos remotos, não havia este significado particular, dado que eram comuns a todos os bispos, sem distinção.
 
O mesmo pálio foi usado pelo Papa Francisco após a cerimônia solene de imposição do pálio das mãos do proto-diácono cardeal Jean-Louis Tauran, durante a Missa de inauguração do seu ministério petrino.

 
 

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