2019: Arquidiocese de Belém vive o jubileu dos 300 anos de criação

Foto: Divulgação
 
Arquidiocese de Belém viverá em 2019 o jubileu dos 300 anos de criação como Diocese de Santa Maria de Belém do Pará. Como está indicando no site da Arquidiocese de Belém no item que integra esta temática, esses foram “Anos de muitos acontecimentos que contribuíram diretamente com o desenvolvimento de Belém, do Pará e da Amazônia”.
 
Em seu artigo nesta edição, Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo de Belém, destacou que “O Ano Jubilar que agora iniciamos terá sua abertura solene no dia 22 de fevereiro, Festa da Cátedra de São Pedro, na Eucaristia presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, no Ginásio do Mangueirinho, às 19 horas, com a participação de todas as forças vivas de nossa Igreja, contando também com a presença dos Bispos do Pará e do Amapá. Será a grande oportunidade de manifestar nossa ação de graças, memória agradecida pelos trezentos anos, nosso jubileu! Nesta data, todas as Paróquias, Pastorais e Movimentos de nossa Igreja se apresentarão. As Paróquias e Áreas Missionárias apresentarão estandartes retratando seus padroeiros e padroeiras. Assim, poderemos tomar consciência de nossa identidade, o rosto com o qual desejamos viver a nossa missão”.
 
Dom Alberto apontou também que “missão será a palavra de ordem para todos nós durante o ano. O eixo se encontrará nas sete Visitas Pastorais Missionárias programadas para as Regiões Pastorais, com a presença dos Bispos e atividades missionárias nas diversas Paróquias de cada Região. Será um verdadeiro mutirão, antecipando o mês missionário especial que o Papa convocou para outubro de 2019. Para nós, outubro é tempo de Círio, e o Círio de 2019 tem como tema “Maria Mãe da Igreja”, e ele será preparado e vivido no clima de missão que envolverá a Arquidiocese a partir de agora”.
 
O arcebispo evidenciou que “todos os Bispos da Amazônia estarão em Roma no mês de outubro, junto com o Papa, na realização do Sínodo Especial para a Amazônia, para o qual já nos preparamos com nossa oração e as contribuições que chegarão à Comissão Central do Sínodo”.
 
Finalizando Dom Alberto reforçou que “Tudo isso revela a vitalidade da Igreja, que fará com que este ano seja novo a partir de dentro, na força renovadora suscitada pelo Espírito Santo na Igreja. Ninguém pode ficar de fora! Todos os setores do Povo de Deus se sintam no direito de participar. O contato com as Paróquias abrirá as portas para que todos experimentem o chamado à missão e se envolvam diretamente. Trata-se de uma consequência de nosso Batismo, para que Jesus seja manifestado ao mundo”. (o artigo completo do arcebispo está na página 103 desta edição).
 
Herança cultural e a série de matérias
 
De acordo com o site da Arquidiocese no encerramento da Assembleia Pastoral Arquidiocesana, em novembro de 2017, Dom Alberto enumerou fatos importantes da história “temos uma história de bispos, sacerdotes, religiosas, religiosos, Missionários, tantas pessoas nessa nossa Amazônia. Daqui nasceram as outras igrejas, prelazias, dioceses Arquidioceses. Temos uma história, nós não nos inventamos, nós somos responsáveis por guardar uma herança”.
 
Essa herança cultural precisa ser conhecida, com esse intuito uma série de matérias serão produzidas pela Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Belém, com apoio do clero e historiadores da região, para contar a história, fatos e curiosidades que fazem a Igreja de Belém ser a quinta diocese mais antiga e a terceira arquidiocese do Brasil.
 
Neste primeiro momento apresenta-se “Diocese de Belém: 300 anos de história” falando desde as primeiras paróquias, bispos, arcebispos e bispos auxiliares até os dias atuais.
 
O começo – Criação da Diocese
 
Criada no dia 04 de março de 1719, pela Bula “Copiosus in Misericórdia” do Papa Clemente XI, desmembrada da então Diocese do Maranhão, a pedido de Dom João V de Portugal, com o nome de Diocese de Santa Maria de Belém, passou a ser a quinta no Brasil.
 
A Diocese foi criada com apenas uma paróquia, Nossa Senhora da Graça, hoje Catedral Metropolitana de Belém. Teve como primeiro Bispo Dom Frei Bartolomeu do Pilar (1724 a 1733), que em sua primeira visita pastoral Dom Bartolomeu percebeu a necessidade de uma nova paróquia naquela área, prevendo que a Paróquia Nossa Senhora da Graça, não atenderia as necessidades espirituais de uma comunidade em crescimento.
 
2° Paróquia Sant’Ana da Campina
 
Então, ele pediu ao rei Dom João para ter no segundo bairro de Belém mais uma paróquia. O pedido foi aceito no dia 27 de abril de 1727, quando foi instituída a Paróquia Sant’ Ana da Campina, tendo como matriz a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A construção da Igreja de Sant’ Ana da Campina só aconteceria 35 anos depois.
 
Depois de Dom Frei Bartolomeu a diocese teve ainda Dom Frei Guilherme de São José, segundo Bispo (1739 a 1748) e Dom Frei Miguel de Bulhões, terceiro Bispo (1749-1760), em sua gestão foi criada terceira paróquia em 1758, a de Nossa Senhora da Conceição (Benfica).
 
3°Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Benfica)
 
A paróquia  foi feita com ajuda dos Padres Jesuítas e a mão-de-obra dos índios, construção foi feita em pedra, cal, barro e detalhes em madeira acapu, em estilo colonial.
 
Passaram também pela diocese Dom Frei João de São José e Queiroz, quarto bispo (1760 -1763), Dom Frei João Evangelista Pereira, quinto bispo (1772-1782).
 
4° Paróquia Santíssima Trindade
 
Em seguida veio Dom Frei Caetano Brandão, como sexto bispo diocesano (1783 a 1789), ele foi responsável pela criação de hospital Bom Jesus dos Pobres.
 
A quarta foi a Paróquia Santíssima Trindade, criada em 1814, pelo sétimo bispo, Dom Manuel de Almeida de Carvalho (1794 a 1818). Teve como oitavo e nono bispo Dom Romualdo de Souza Coelho, (1821 a 1841) e Dom José Afonso de Moraes Torres (1844 a 1858).
 
Em seguida veio o bispado de Dom Antônio de Macedo Costa (1860-1890), o qual criou a quinta paróquia da Diocese de Belém em 1865, a Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, hoje Basílica Santuário de Nazaré.
 
Ainda tivemos Dom Jerônimo Tomé da Silva, sendo 11º bispo, (1891-1893), Dom Antônio Manuel de Castilho Brandão, como 12º bispo (1895-1901) e Dom Francisco do Rego Maia, como 13º bispo (1902-1906). Assim, durante  os 187 anos  como dioceses tivemos 13 bispos e a criação de cinco paróquias.
(Continua na próxima edição)

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