Arquidiocese de Belém lança Campanha da Fraternidade 2020

Foto: Luiz Estumano.
 
No dia 26, Quarta-feira de Cinzas, a Arquidiocese de Belém realizou o lançamento da Campanha da Fraternidade 2020 (CF2020) durante coletiva de imprensa no auditório, na Cúria Metropolitana, conduzida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano, e por Monsenhor Raimundo Possidônio Carrera da Mata, Vigário Geral. A abertura da CF2020 ocorrerá neste sábado, 29 de fevereiro, das 8h às 12h, no Ginásio do colégio CESEP, na Pedreira.
 
A Campanha da Fraternidade, ação da Igreja no Brasil no período da Quaresma, tem por objetivo discutir com a sociedade civil um tema pertinente. Para este ano, o tema e lema reforçam a dimensão do cuidado e em seu cartaz traz a figura de Santa Dulce dos Pobres, canonizada em outubro passado.
 
Durante a coletiva, Dom Alberto frisou que a Quaresma, tempo de reflexão, oração e penitência, possui duas vertentes que complementam-se: “primeiro a Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa. Nas próximas semanas nos dedicaremos mais a oração, penitência e, de forma especial, à caridade. Depois da vivência da fé está a consequência da vida e, desde 1964, a Igreja no Brasil criou a instituição chamada de Campanha da Fraternidade que é uma forma de colocar em prática a caridade durante este tempo”.
 
Como uma campanha publicitária que objetiva entregar um produto ao público, assim também acontece com a Campanha da Fraternidade, comparou Dom Alberto. “Durante a Quaresma nós fazemos uma campanha. Qual nosso produto? A fraternidade. Nós queremos colocar a disposição da Igreja caminhos para sermos mais irmãos, mais próximos uns dos outros. Por isso quando alguém lê o texto da CF2020 percebe que ele tem no seu AGIR uma destinação de presença na sociedade. É a nossa contribuição”.
 
Em 2020 a Campanha da Fraternidade traz consigo o tema Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34). O lema é um trecho da parábola do Bom Samaritano que corresponde à prática da caridade e da compaixão com o próximo. Assim a proposta da CF2020 para enfatizar esse cuidado e dedicação com os pobres, a figura de Santa Dulce dos Pobres completa a mensagem.
“Brasileira, baiana, chamada de anjo da Bahia, foi canonizada ano passado pelo Papa Francisco. Uma figura impressionante. Anos e anos de dedicação aos mais pobres. Ela colocou em prática essas três palavras. Ela viu, sentiu compaixão e sentir compaixão não é olhar de cima sob aquele que está embaixo. É sofrer com, é participar da vida das pessoas”. 

Abertura da CF 2020 em Belém será neste sábado, 29

A abertura em Belém da CF 2020 ocorre neste sábado, às 9h, na quadra do colégio CESEP, situado na Avenida Pedro Miranda, 100, Pedreira. A programação consta de Santa Missa e caminhada rumo à Santa Casa de Misericórdia. À chegada haverá um abraço na instituição.
 
“Iremos rezar e expressar nossa comunhão fraterna. Mais uma vez lembrar que a Igreja se expressa de uma forma concreta com o gesto do bom samaritano através de muitas instituições. Dessa forma conclamamos todos os católicos para participar plenamente dessa Quaresma vivendo a Campanha da Fraternidade”, destacou Monsenhor Cid.
 
Ele prossegue: “Quaresma e CF nos levam a pensar sobre essa presença contínua de Cristo no meio de nós, a necessidade de reconhecer essa presença, sobretudo, nos pobres, nos abandonados, nos doentes e nesse sentido servir a este Cristo pobre gratuitamente como Jesus nos ensinou no Lava-Pés.”
 
Gesto concreto: construir uma casa de acolhida 

A Campanha da Fraternidade teve início no Brasil quarta-feira, 26 de fevereiro, e segue até o Domingo de Ramos, 5 de abril. Nesse dia ocorrerá a Coleta da Solidariedade que destina-se em nível nacional e diocesano para um gesto concreto, resposta da Igreja frente o que a própria campanha discute.
 
Dom Alberto explicou que, após notar-se o aglomerado de pessoas próximas do Hospital Metropolitano aguardando atendimento médico a Arquidiocese, com a parte que lhe cabe da coleta, em conjunto com a Região Episcopal São Vicente de Paulo, construirá uma casa de acolhida “a fim de que essas pessoas sejam bem cuidadas. Esse será o gesto concreto. Não significa que a Campanha da Fraternidade termina na coleta, ao contrário, ela suscita durante o ano práticas de mudança de comportamento diante das coisas”.
 
Para o coordenador da campanha na arquidiocese, Monsenhor Raimundo Possidônio, a Igreja professa a sua fé no seu Senhor que leva a assumir um compromisso, uma missão. “Nesse sentido não podemos pensar numa Quaresma, numa oração sem realmente pensar na realidade do sofrimento, das ameaças a vida, tudo no desejo de superação dessas realidades tão dolorosas da existência humana. Por isso ao realizarmos a CF dentro da Quaresma para muita gente pode parecer contraditório, mas na verdade, revela a maneira como a Igreja reza, expressa sua forma de crer.”

 

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