A Arquidiocese de Belém está em comunhão com a Santa Sé na realização do próximo Sínodo.O departamento para as celebrações litúrgicas do Vaticano informa que os preparativos seguem em plena organização: no dia 30, o consistório para a criação de novos cardeais e, no dia 4 de outubro, a Missa presidida pelo Papa com os novos cardeais e o colégio cardinalício na quarta-feira, 4 de outubro, na Basílica de São Pedro, às 9h (hora local, 4h em Brasília). A celebração também marcará a abertura da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre Sinodalidade.
A assembleia será mais uma etapa do caminho sinodal que começou há dois anos, de forma descentralizada. Bispos das dioceses e arquidioceses em todo o mundo têm se mobilizado em torno do tema do Sínodo – “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão” – tendo já concluído as etapas diocesana e continental. O encontro que começa no dia 4 seguirá até 29 de outubro. Ainda haverá uma próxima Assembleia, também em Roma, em 2024, concluindo o Sínodo sobre Sinodalidade.
Buscando contribuir com o processo sinodal, a Arquidiocese de Belém tomou parte na realização das etapas anteriores ao Sínodo em Roma através de participação na Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe ocorrido em 2021.
A Arquidiocese realizou o Sínodo Arquudiocesano de Belém com o tema “Belém, Igreja de portas abertas” e o lema “A cidade se encheu de alegria” (At 8, 8). “Nossa Igreja de Belém assumiu o caminho de unidade, para juntos respondermos com ardor missionário aos apelos de Deus e aos desafios do tempo presente. Desejamos ser “Igreja de portas abertas”, o tema do Sínodo, para que nossas cidades se encham de alegria, o lema para ele escolhido”, declarou no início dos trabalhos, o Arcebispo Metroplitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa.
O processo de escutas foi suspenso devido a pandemia, mas foi retomado no dia 5 de fevereiro de 2022, celebrado com atividades das 7h30 às 12h, no Centro de Cultura de Formação Cristã (CCFC), localizado em Ananindeua, rodovia BR 316, Km 6. Reuniram-se o clero, integrantes das pastorais, movimentos, serviços e as forças vivas da Igreja de Belém.
Reaberto o processo, o Arcebispo Dom Alberto observou a importância da realização do Sínodo Arquidiocesano. “O objetivo do sínodo é tornar a Arquidiocese cada vez mais Igreja de portas abertas. O sínodo oferece imensa riqueza de conteúdo para a nossa fé e a prática da vida de Igreja, ajudando-nos a edificar a cada dia o “caminhar juntos” que a Igreja propõe com o tema da sinodalidade e nossa Arquidiocese, que quer ser uma Igreja de Portas Abertas, para que nossas cidades se encham da alegria genuína, fruto da presença de Cristo”.
O Sínodo Arquidiocesano foi precedido da Assembleia Pastoral Arquidiocesana de Pastoral realizada em 2017, que buscou revisar as ações da Igreja local a fim de propor novos caminhos da evangelização, bem como a renovação da vida pastoral na Arquidiocese de Belém.
RETOMADA – A programação seguiu até o mês de agosto com etapas paroquiais, regionais e arquidiocesana, quando realizaram-se estudos, retiros, pesquisas e reflexões sobre diversos temas da vida da Igreja.
As etapas tiveram a participação de sacerdotes, diáconos, líderes das forças vivas e todos aqueles que estão engajados na vida paroquial. Durante as atividades também houve consultas e participações com instituições civis.
Cumpridas as etapas específicas paroquiais, com base nos estudos, passou-se para a etapa regional, onde representantes das oito regiões episcopais da Arquidiocese de Belém realizam estudos sobre os dados levantados e os estratificam para melhor análise.
O Sínodo Arquidiocesano de Belém foi concluída com uma grande Assembleia Geral, ocorrida de 5 a 7 de agosto, com a participação de todos os representantes das assembleias específicas.A conclusão do sínodo da capital paraense também contribuirá com a realização do Sínodo Geral dos Bispos convocado pelo Santo Padre, o Papa Francisco.
Sínodos
A Igreja de Jesus Cristo, ao longo de sua história, concretizou muitos passos e aprendizados. Notadamente, no Concílio Vaticano II (1962-1965), ela percebeu com clareza que o melhor jeito de ser e de caminhar, para bem cumprir a sua missão, é o “jeito sinodal”.
O sínodo é uma assembleia eclesiástica convocada para tratar de assuntos relacionados à Arquidiocese/diocese, com ajuda do clero e de leigos. É necessário para melhorar o serviço pastoral e envolve a Igreja como um todo. Asssim ocorreu com o Sínodo da Amazônia (2019), em Roma, com a participação dos bispos da Amazônia
Neste ano 2023 o Papa Francisco convoca toda a Igreja a percorrer o caminho rumo ao Sínodo “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Francisco convida “a Igreja inteira a se interrogar sobre um tema decisivo para a sua vida e a sua missão: O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio”.
