por Vívian Marler – Assessora de Comunicação CNBB Regional Norte 2
Após quatro dias, de 4 a 7 de julho, 1.672 jovens das paróquias da Arquidiocese de Belém e da Diocese de Castanhal (PA), participaram do ‘Acampamento Juvenil Arquidiocesano’, na Casa de Retiro Tagaste, em Marituba, sob o tema “Peregrino da esperança”.
Este foi o terceiro acampamento realizado pela Arquidiocese de Belém e seguiu a mesma linha do tema do Jubileu da Igreja, proporcionando aos jovens participarem, diariamente, da celebração eucarística, Adoração ao Santíssimo Sacramento, shows com artistas e grupos cênicos e musicais, gincanas, festas temáticas, competições esportivas, brincadeiras e puderam experimentar as partilhas feitas em grupo através de muita amizade.
O Acampamento Juvenil Arquidiocesano é um dos eventos mais esperados do ano não apenas pela juventude, mas por todos os grupos, pastorais, movimentos, congregações religiosas, Guardas, casais do Encontro de Casais em Cristo (ECC), Coroinhas, catequistas, seminaristas e diáconos que se envolveram, voluntariamente, na produção do evento com meses de antecedência. Este ano 300 voluntários estiveram presentes, em uma área que possui também posto de saúde com médicos, enfermeiros e psicólogos.
Para a médica voluntária doutora Kátia, a união de todos fez a grande diferença, “a sensação de participar deste encontro é de gratidão a Deus e a toda equipe que trabalhou coesa e com muita união, diante de muitas dificuldades que foram superadas”.
“O acampamento é a oportunidade de o mundo ver a comunhão da Igreja e, para que esta edição pudesse acontecer, foi necessário a Pastoral de conjunto acontecer em cada momento, assim, as experiências que os jovens viveram serão frutuosas para as bases paroquiais”, disse Eduarda Sanches, Vice coordenadora do Setor Juventude da Arquidiocese de Belém sobre a importância da união dos grupos para que o evento acontecesse.
Os dias começavam muito cedo, às 5h30, a juventude era despertada para o café da manhã e já seguiam para a programação do dia como meditações com o padre Rafael Brito e jovens coordenadores do evento, ou para a Santa Missa que iniciou o terceiro dia do encontro.
Para Lindalva e Alyssangela, responsáveis pela cozinha, e participantes do ECC, a mobilização começou há alguns meses com o convite aos casais. “Quando recebemos o convite de Dom Antonio para participar do acampamento ficamos muito alegres e, logo, levamos ao Conselho Diocesano que aprovou nossa participação e juntou os casais aqui presentes”, disse Lindalva.
“Quando o ECC recebe um convite, a nossa resposta sempre é sim, independente de onde iremos trabalhar e poder servir a juventude não tem preço”, continuou Alyssangela, expressando muita alegria diante do trabalho voluntario realizado.
Nesse dia, a confraternização foi percebida através dos momentos de lazer e esporte, que se misturava à gincana e a um dos momentos mais animados e esperados pela juventude, a tradicional ‘Festa das Cores’ onde os participantes se divertem com a explosão de cores, quando todos lançam, ao mesmo tempo, o pó colorido, formando uma verdadeira paleta de cores humana. Para fechar esse dia de muita alegria, a juventude participou de uma noite cultural temática.
A jovem Jeannie Diniz, uma das monitoras do alojamento, o amor foi o sentimento maior de seu trabalho, “o sentimento de poder servir aos presentes foi o de servir com amor a todos, o de dever cumprido”
Para o padre salesiano Antônio Alves, assessor da Região Episcopal Menino Deus, a participação dos grupos de jovens foi importante não apenas para eles, mas para todos os envolvidos, “a participação da juventude está no sentido de comunhão, participação na missão da Igreja de Belém, a qual estamos inseridos na vivência do carisma salesiano. O encontro estabeleceu relações autênticas entre todos nós (juventudes, ministros ordenados, religiosas, religiosos, leigos e leigas adultos, jovens servos, seminaristas), vivência da espiritualidade juvenil, formação, esporte, lazer, celebração dos Sacramentos, Eucaristia, Penitência. Por estas e tantas outras ações desenvolvidas em nosso acampamento, fico muito agradecido pelo trabalho realizado ao longo desses dias de acampamento”, disse o salesiano.
No domingo, último dia de programação, a imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré visitou o Acampamento, dando sequência à Adoração ao Santíssimo Sacramento e Santa Missa de encerramento, antes do almoço de encerramento.
Para Dom Antonio de Assis Ribeiro, há a necessidade do jovem sair da sua rotina cada vez mais robotizada e ter experiências que o motivem a se redescobrir. “Os jovens urbanos, respeitando a variedade de contextos, estão de modo geral, cada vez mais confinados em suas estruturas domésticas e tem pouca experiência de amizades e interação social; sentem-se movidos pela forte atração e ou dependência tecnológica, que os levam ao distanciamento do divertimento coletivo e a viverem uma vida artificializada, distantes da natureza”
“ […] Os jovens gostam da experiência do acampamento porque a sua programação não está presa à rotina do cotidiano, mas lhes oferece experiências extraordinárias de novas aprendizagens através de atividades festivas, lúdicas, esportivas, culturais, religiosas; a atratividade dos acampamentos nos fala da necessidade de levarmos em conta a sensibilidade juvenil nas nossas propostas pastorais; isso se refere à linguagem, modos de relacionamento, tempos de atenção, ambientes educativos […]. A psicologia juvenil exige da pastoral juvenil uma visão mais aberta, dinâmicas criativas, metodologias ativas e envolventes, encontro com a natureza; gostam porque os jovens apreciam o desafio da adaptabilidade, da ação conjunta e competitiva e estão abertos à aprendizagem através de novas experiências”, disse o coordenador espiritual do acampamento e idealizador do projeto.
A versão 2025 do Acampamento, coordenado pelo Setor Juventude da Arquidiocese Belém, já tem data para acontecer e será de 3 a 6 de julho.
Fotos: Setor Juventude Belém