Bispos de Belém participam de peregrinação à Terra Santa

De 10 a 19 de junho, eles vivenciaram dias de intensas experiências nos Lugares Santos

A convite do Caminho Neocatecumenal, o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, acompanhado pelos seus Bispos Auxiliares, Dom Antônio de Assis Ribeiro e Dom Paulo Andreolli, participaram da Peregrinação à Terra Santa no período de 10 a 19 de junho, que contou com a participação de 20 bispos. Na ocasião, Dom Alberto presidiu a Santa Missa para o grupo de bisposna Igreja do Primado de Pedro.

Nesta edição do Jornal Voz de Nazaré, em seu artigo na coluna “A Voz do Pastor”, o Arcebispo Dom Alberto compartilha com seus leitores alguns momentos de rica espiritualidade vividos durante a peregrinação.

“Há poucos dias, com Dom Antônio e Dom Paulo, participamos de uma magnífica peregrinação e convivência com outros Bispos brasileiros, a convite das Comunidades Neocatecumenais, um imenso e reconhecido serviço de Evangelização, presente em muitas de nossas Paróquias”.

Dom Alberto recorda que “uma das propostas de meditação e oração foi motivada pelo Evangelho do 12º Domingo do Tempo Comum, Palavra proclamada neste final de semana e que ouvimos proclamado onde Jesus o anunciou. Numa boa parte do tempo, estivemos em torno do Mar da Galileia”.

Os desafios da missão de conduzir seu pastoreio também foi tema em solo da Terra Santa, relata o Arcebispo. “Em nossas Missas desse final de semana, com a semente parecida com o grão de mostarda do Evangelho do Domingo anterior, cujos frutos certamente aparecerão, na hora e na medida de Deus, desejamos ajudar-nos, mutuamente, a superar os desafios e os medos das águas do mar da vida, tantas vezes revoltas e ameaçadoras”.

A certeza de estar seguindo os passos de Jesus, relembrando a sua força evangelizadora foi uma experiência muito relevante, de acordo com Dom Alberto. “Jesus, em tempos de Galileia, atravessou muitas vezes o Lago, que de tão grande era chamado de Mar, percorrendo as vilas e cidades. Quem está no cimo do Monte das Bem-aventuranças, lugar em que os Bispos se hospedaram durante alguns dias, onde também o Senhor pronunciou o Sermão da Montanha, tem uma visão privilegiada.

Foi ali, à beira do Lago que Jesus determinou que os discípulos de ontem e de hoje se aventurassem por águas mais profundas (Cf. Lc 5,1-11)”.

A contemplação dos Lugares Santos evocaram as passagens marcantes da Palavra, como um Evangelho vivo, avalia Dom Alberto. “Ali, Tabgha, lugar do primado de Pedro, às margens do Lago, onde Jesus, não uma sombra ou um fantasma, mas o próprio Senhor, os mandou lançar as redes e preparou-lhes uma refeição mais do que simbólica, ou Cafarnaum, quem sabe, Magdala, Tiberíades e outros tantos lugares”.

A face contemporânea da Igreja com seus atuais desafios também se associam às reflexões do Arcebispo de Belém do Pará. “É possível ver, do outro lado do Lago, áreas que pertencem hoje à Síria. Por aquelas bandas Jesus foi à região da Decápole, onde mostrou também sua força, poder e missão. Foi também pelo Lago que Jesus foi a Gerasa (Cf. Mc 5,1-20), onde expulsou demônios e foi rejeitado pelos moradores. Muitos os fatos, todos eles carregados de ensinamentos, que não estamos diante de um livro de histórias edificantes, mas do Evangelho! Foi a nossa experiência nesta peregrinação à Terra Santa”.

Conclui Dom Alberto que a peregrinação impulsionou ainda mais a certeza dos Bispos em assumir com a força e coragem, exemplos espelhados no próprio Jesus, de que é preciso seguir em frente com a missão que lhes foi confiada. “Em Tabgha, os Bispos participaram de um rito significativo, respondendo “Tu sabes tudo, tudo sabes que te amo”, depois da pergunta feita por Jesus a Pedro: “Tu me amas?” Foi uma graça especial presidir a este rito, assim como à renovação dos compromissos Episcopais, feita em Jerusalém, na “Domus Mambre”, no mesmo dia em que visitamos o Cenáculo”.

Os dias de profunda espiritualidade vivida na Terra Santa deixaram para os Bispos o testemunho da Comunhão, conforme atesta Dom Alberto. “Deus nos fez experimentar a beleza e a responsabilidade da Comunhão, para comprometer-nos com a oração sacerdotal de Jesus: “Que todos sejam um, para que o mundo creia” (Jo 17,21)”.

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