Rio de Janeiro/RJ –Segunda -feira, 22 de julho, a Polícia Federal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) restituíram duas peças sacras – que pertencem ao patrimônio histórico e cultural brasileiro – ao acervo da Catedral de Belém. Estima-se que elas teriam desaparecido na década de 70.
A origem e a propriedade foram questionadas após o IPHAN encontrar, na Biblioteca Virtual do IBGE, uma fotografia da vista interna da Catedral Metropolitana de Belém, que apresentavam pratarias com as mesmas características das peças que estavam prestes a serem comercializadas no leilão.
As investigações começaram em outubro de 2023, quando a Polícia Federal, informada pelo IPHAN, apreendeu as duas peças e as encaminhou para análise pericial. O laudo da perícia constatou que os dois tocheiros foram fabricados entre 1822 e 1870 (século XIX), em Lisboa, Portugal.
Um dos tocheiros apresenta a inscrição em latim Sigillum CapitulI Cathedralis Ecclesiae Magni Pará – Mater Gratiae que, em tradução livre, significa: Selo do Cabido da Grande Igreja Catedral, Pará/Senhora da Graça. A representação de Nossa Senhora da Graça de Belém está gravada na base dos tocheiros recuperados.
Após parecer técnico do IPHAN e laudo de perícia criminal federal, a entrega foi feita pelo Superintendente Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Leandro Almada da Costa, e pela Delegada Chefe da Delegacia de Meio Ambiente, Paula Mary, ao Diretor Coordenador do Círio de Nazaré em Belém, Antônio Salame, e as peças restituídas ao acervo da Catedral Metropolitana de Belém.
O altar-mor da Catedral de Belém, todo em mármore e alabastro europeus, foi confeccionado em Roma pelo escultor Luca Carimini. O mármore de Carrara foi ofertado pelo Papa Pio IX.
Fonte: Polícia Federal – Rio de Janeiro/ Comunicação Social
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