Por Dom Julio Endi Akamine – Arcebispo Metropolitano de Belém
Nota sobre o “Haloween”
A Igreja celebrará neste fim de semana a Solenidade de Todos os Santos e a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, respectivamente, nos dias 1 de novembro (sábado) e 2 (domingo). A Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu orientações litúrgicas por meio de carta dirigida para as dioceses a respeito de ambas as celebrações religiosas.
Como de costume no Brasil, a Solenidade de Todos os Santos, no dia 1º de novembro, é sempre transferida para o domingo sucessivo. Mas, neste ano, a data recai no sábado, conforme o calendário universal, e a Comemoração dos Fiéis Defuntos, no dia 2. Dessa forma, a Comissão ressalta que quando o dia 2 de novembro coincide com o domingo, no sábado, 1º de novembro, celebra-se durante todo o dia a Solenidade de Todos os Santos, com início nas Primeiras Vésperas na noite anterior.
Dom Julio Endi Akamine, Arcebispo Metropolitano de Belém, também emitiu nota para ratificar a celebração da Solenidade de Todos os Santos entre o Povo de Deus. O pastor faz sérias considerações acerca da temática “Halloween”, contribuindo para que os fiéis avaliem bem quais são as origens da festa de cunho secular e a solene celebração da Igreja em memória de Todos os Santos.
O Arcebispo de Belém ressalta que a festa denominada “Haloween” é um evento que requer a atenção dos pais no sentido de observarem o caminho de fé de seus filhos, uma vez que a festa mencionada valoriza outras coisas, e concentra-se, em grande parte de suas motivações, buscar a participação das crianças.
Dom Julio recomenda uma avaliação dos fiéis, considerando o teor do convite à participação nas citadas celebrações do dia 1º de novembro. Na mesma data, o pastor considera que estar na festa do “Haloween” ou na Solenidade de Todos os Santos é uma questão de escolha.
“Em vez de festejar o Halloween, a Igreja celebra a “Solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus” e a “Comemoração de todos os Fiéis Defuntos”. Essa sucessão não é sem propósito: ela destaca o mistério da comunhão dos santos. A “comunhão dos santos” é, em relação às pessoas, a imensa e admirável comunidade de todos os fiéis vivos e falecidos e, em relação aos bens espirituais, a inserção de cada um dos filhos de Deus na vida de Cristo como membros de um só e mesmo corpo.
Em termos mais pessoais, a comunhão dos santos revela que os beatos do céu não estão preocupados somente com sua própria felicidade de tal forma que se esqueçam das almas que estão no purgatório e das pessoas que peregrinam na terra. Os santos amam as pessoas que Jesus ama, e o amor que os santos do céu têm pelas pessoas do purgatório e da terra não é um amor passivo. Os santos estão ansiosos por ajudar essas almas, porque agora estão em condições de apreciar o valor infinito delas como antes não podiam. E se a oração de uma pessoa boa na terra pode mover o coração de Deus, como não será a força das orações que os santos oferecem por nós?”.
Conluindo a sua observação, o Arcebispo Dom Julio afirma que “esta é a escolha que os pais e as famílias devem fazer: o ‘Halloween’ ou a Comunhão dos Santos, vigília de oração, desejo do céu, confiança nos santos ou o seu contrário! Encorajo os pais e as famílias a escolherem a Comunhão dos Santos em vez de festejar o ‘Halloween’.
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