Em novembro próximo, entre os dias 9 a 15, a Arquidiocese de Belém realiza um diagnóstico profundo sobre suas ações e propostas durante a nona edição da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Com o tema “Evangelizar, Graça, Vocação e Identidade da Igreja” os trabalhos serão voltados para a atual realidade da cidade e contribuirá para a missão a partir das circunstâncias e demandas atuais do povo de Deus.
A realização da nona edição da Assembleia de Pastoral marca, em 2017, as comemorações pelos 298 anos de criação da Arquidiocese de Belém. Em um tempo que a Igreja de Belém ruma para os 300 anos de evangelização na Amazônia, o momento reservado em novembro será voltado para refletir sobre as necessidades pastorais da capital e região metropolitana.
“Trata-se de avaliar, tomar pé de nossa caminhada pastoral, para que o tema escolhido – “Evangelizar, Graça, Vocação e Identidade da Igreja” – conduza a abrir novos caminhos para a Evangelização em nossa Grande Belém”, afirmou Dom Alberto Taveira, Arcebispo Metropolitano.
Segundo Dom Alberto, a Igreja deseja que o crescimento seja de uma “pastoral de conjunto”, em que todos os segmentos do Povo de Deus se sintam responsáveis pela Evangelização, a fim que a Boa Nova chegue a todos os recantos da Arquidiocese. Nesses meses, houve pequenas assembleias em nível pa
O próximo passo, de acordo com Arcebispo, é de que “juntos construirmos, e esperamos concluir na primeira quinzena de outubro, o texto a ser levado à discussão de 9 a 15 de novembro, nas várias sessões da Assembleia”.
Metodologia
As assembleias pastorais partem do princípio que a avaliação é condição indispensável a qualquer ação organizacional para dar conhecimento do resultado efetivo e de sua real importância, além de apontar novas necessidades. Segundo Monsenhor Raimundo Possidônio, Vigário Geral para a Pastoral, as reuniões são momentos de grande importância para a caminhada pastoral da Igreja em Belém. “A realidade urbana sempre foi e será um desafio para a missão da Igreja devida suas transformações e mudanças que provoca na vida das pessoas. As assembleias nos tornam atentos a essas circunstâncias e exigem de nós mais cuidado, abertura para acolher, disponibilidade, afeição, sobretudo à condição humana tão afetada pelo cotidiano”, afirmou Monsenhor.
Após cinco anos da realização do atual Plano de Pastoral (2012/2016), a Arquidiocese sentiu a chegada hora de mais um passo em vista de adequação da missão eclesial à situação atual de nossa arquidiocese: ou seja, situações que de modo diferente desafiam nossa caminhada. Assim, foram elaborados questionários que possibilitassem a avaliação do cumprimento do Plano de Pastoral vigente e, a partir disso, notar a eficácia do plano anterior e as novas exigências para o próximo.
Porém, antes mesmo de pensar nos questionários, Monsenhor Cid afirma que proposto a todos tentar perceber duas questões significativas na vida da Igreja nos últimos anos: a Identidade Pastoral e os fundamentos da espiritualidade: “Trata-se aqui de um reconhecimento – diria quase uma compreensão da qualidade do nosso trabalho. Ou seja, quais os aspectos inerentes da identidade espiritual cristã foram transmitidos e vividos pelo nosso povo”.
Agora, o momento é de síntese dos relatórios e sobre esse diagnóstico será elaborado uma reflexão eclesiológica que servirá de orientação no sentido de perceber se o que foi realizado corresponde ao plano de Deus e direciona para o que deve ser realizado no futuro.
Ainda de acordo com ele a frase tema da Assembleia Pastoral, retirada do documento Evangelii Nuntiandi (1975), do Papa Beato Paulo VI, é um resumo que se refere à missão fundamental de evangelizar da Igreja: “Para nós é um desafio sempre presente ter essa consciência eclesial: o que fazemos não é expressão de um grupo, seita, clube… Tudo o que realizamos em nossas tarefas – o devemos fazer como servos do Reino – são expressão e manifestação da Graça, da Vocação e cria identidade. Creio que nossa assembleia nos dará cada vez mais consciência disso”.
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