Assim na terra como no céu …: União com Deus

 
Santidade e ódio do mundo! Eis dois efeitos clássicos de quem vive a Palavra de Deus. É o próprio Jesus quem afirma: “Eu dei a eles a tua palavra e o mundo os odiou porque não são do mundo, como eu não sou do mundo… Santifica-os na verdade. A tua palavra é a verdade (Jo 17,14). Quanto são verdadeiras as palavras de Santo Agostinho: “Agora sois crentes, perseverando na fé tornar-vos-eis videntes e conhecereis a verdade”.
A Palavra de Deus é sabedoria, é luz para todas as circunstâncias: quando é necessário esclarecer dúvidas, exercer a justiça ou saber bem governar e ser iluminados sobre os desígnios de Deus sobre os homens e o mundo. São Paulo escreveu a Timóteo: “Tu, porém, permanece firme em tudo o que aprendeste. Desde criança conheces as Sagradas Escrituras, que te podem dar a sabedoria…Toda a Escritura é útil para ensinar, para convencer, para corrigir, para formar na justiça, a fim de que o homem seja perfeito e preparado para todas as obras boas” (2Tim 3,14-16).

A vivência da Palavra de Deus suscita a união com Deus. É prova disso o fato de que as pessoas que começam a viver a Palavra falam com Deus com mais facilidade, sentem a sua presença no profundo da alma, invocam-no nos momentos de necessidade, enfim sentem que nasceu em seus corações a pequena árvore da vida interior, enxertada na videira que é Cristo. A Palavra de Deus põe a alma sob a ação do Espírito Santo, numa união vital com Jesus. Não se trata de um encontro exterior, mas  de  uma profunda comunhão de vida. É Jesus mesmo quem diz: “Em verdade, em verdade, vos digo: quem guardar a minha palavra não verá a morte eternamente” (Jo 8, 51). Deixar-se guiar pela Palavra de Deus é a conversão quaresmal.

 
 

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