Assunção de Nossa Senhora ao céu

 
A atenção da Igreja estará voltada para a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora no dia 15 de agosto, data que celebra a subida aos céus da Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, elevada de corpo inteiro pelos anjos de Deus. A festa deu origem à devoção a Nossa Senhora da Assunção que é celebrada no mesmo dia, enquanto que, no Brasil, por a data não ser feriado, a festa litúrgica é realizada no domingo posterior a essa data. Nesse domingo celebra-se a vocação à vida consagrada: religiosos e religiosas.  A Assunção de Maria foi declarada dogma, isto é, verdade de fé, pelo Papa Pio XII, em 1º de novembro de 1950, com a constituição apostólica ‘Munificentissimus Deus’. 
 
A Sagrada Tradição da Igreja ensina que Nossa Senhora foi elevada ao céu de corpo e alma, após sua morte. Segundo ela,  Maria teria morrido durante o sono em 15 de agosto de 43 d.C, e acordado quando já estava sendo levada para o céu pelos anjos de Deus. Antes, essa celebração, tanto para a Igreja do Oriente quanto para o Ocidente, chamava-se “Dormição”, em latim "dormitio", porque foi sonho de amor, até que se chegou ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, evidenciando que o Senhor a reconheceu e a recompensou com antecipada glorificação, principalmente alcançada em meio às aceitações e oferecimentos das suas dores.
Acredita-se que Maria estava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, a fuga para o Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e a perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário e a morte do Filho.
 
A tradição, tanto escrita como arqueológica, localiza sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, e ao depois, descera o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
 
Dogma da Assunção de Nossa Senhora
 
Grande júbilo e alegria pairaram sobre a Igreja na referida data quando o papa decretou a “Munificientissimus Deus”. No documento, o papa disse:
 
“Cristo, com Sua morte, venceu o pecado e a morte e sobre esta e sobre aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for regenerado sobrenaturalmente pelo batismo. Mas, por lei natural, Deus não quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte, senão quando chegar o fim dos tempos. Por isso, os corpos dos justos se dissolvem depois da morte, e somente no último dia tornarão a unir-se, cada um com sua própria alma gloriosa. Mas desta lei geral Deus quis excetuar a Bem-Aventurada Virgem Maria. Ela, por um privilégio todo singular, venceu o pecado; por sua Imaculada Conceição, não estando por isso sujeita à lei natural de ficar na corrupção do sepulcro, não foi preciso que esperasse até o fim do mundo para obter a ressurreição do corpo”.
 
No Brasil
 
O culto à Virgem da Assunção tem origem em Portugal, no século XIV.  Transpôs os mares e foi implantado no Brasil, onde inúmeras paróquias adotaram-na como patrona, entre elas a Matriz de Cabo Frio e a catedral de Mariana. Diversas cidades incluíram a data no seu calendário de eventos e decretam feriados municipais, a exemplo da prefeitura de Fortaleza, Ceará, pelo fato de ser considerada a padroeira da capital cearense. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, através da lei municipal nº 1.327, de 08/02/67. A festa é lembrada também nas cidades de Jales, São Paulo; Caçapava do Sul, Rio Grande do Sul; Cabo Frio, Rio de Janeiro e em Oeiras, no Pará.
 
Não se tem uma data precisa nem registro da primeira Igreja na cidade de Oeiras do Pará. O certo é que a devoção remonta aos primórdios da chegada dos padres Jesuítas à região. A Vila de Oeiras, já em 1758, foi erigida com a denominação de Vila de Nossa Senhora D´Assunção de Oeiras. Entretanto, há relatos de Jesuítas na região, desde os idos de 1738.
 
 
 
 
 

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