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Foto: Luiz Estumano. |
O domingo que abre as celebrações da Semana Santa, Domingo de Ramos, que celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e manifesta a vinda do Reino que o Messias realizará na Páscoa de sua morte e ressurreição, aconteceu de forma especial na Igreja doméstica, sendo vivido profundamente no recolhimento dos lares. Na Catedral Metropolitana, às 8h30, Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano, presidiu a Santa Missa, que foi transmitida pela Fundação Nazaré de Comunicação. Como é de conhecimento de todos, as orientações de saúde dos órgãos competentes recomendam o isolamento social e dessa forma, a Igreja no Brasil viveu o Domingo de Ramos em seus lares. As famílias colocaram ramos em lugar de honra em suas casas, em sinal de fé e comunhão à costumeira procissão de Ramos, que não ocorreu neste ano. Dom Alberto atentou-se para estas determinações de saúde afirmando que naquele domingo as portas da Igreja doméstica abriam-se: “As portas da Catedral estão fechadas, por determinações das competências de saúde pública, mas as portas da igreja doméstica estão abertas e abrem-se de forma especial querido irmão, querida irmã, pois é a sua casa. Depois de termos percorrido essas semanas da Quaresma, comecemos a Semana Santa”. Em sua homilia, Dom Alberto recordou que “durante a semana o mesmo mistério do Cristo que morreu e ressuscitou é visto como que a partir de vários ângulos, várias janelas. E hoje olhamos o mistério a partir da entrada de Jesus em Jerusalém, uma entrada festiva”. O Arcebispo assinalou que “quando Jesus entra em Jerusalém, ali também já se esconde um mistério. Muitos talvez esperassem que o Messias chegasse montado num cavalo garboso, bonito, enfeitado, Nosso Senhor entra montado num jumentinho, um animal. Jesus entra na montaria dos pobres. E ali se esconde um segredo. Nosso Senhor não vive dos vivas, de hosanas, Nosso Senhor vive da entrega total de sua vida. O mistério é que ele entra em Jerusalém para se entregar para nossa salvação, para nossa vida e para nossa liberdade.” Ao se referir ao ofício das leituras daquele dia, Dom Alberto explicou que dentro da mensagem há um convite aos fiéis: “A nossa Semana Santa não é menos importante do que todas as outras que tenhamos participado. O convite é o mesmo. Abrir as portas do seu coração para Jesus entrar. Abrir as portas da sua casa para dizer ‘Bendito o que vem em nome do Senhor’ é estarmos dispostos a seguir Jesus no caminho de sua entrega. A aprender as lições da Paixão para que nós façamos o mesmo. Para que nos entreguemos àquele que foi obediente até a Morte e Morte de Cruz como nós cantamos nessa liturgia”, meditou. Por fim, acrescentou: “a palavra de Deus que nos é proclamada hoje nos faz ouvir a Paixão não como uma narrativa desesperada, não, mas ouvimos a Palavra com as palmas na mão, porque nós já entrevemos atrás da Paixão a marca da vitória. A vitória na ressurreição de Jesus. A vitória é porque no dia de hoje, Domingo de Ramos, esta Eucaristia nos faz ficar diante não só do mistério da Morte como da Ressurreição de Jesus Cristo”. Durante a celebração, Dom Alberto abençoou simbolicamente os ramos dos fiéis que assistiam, seja pela TV Nazaré, Rádio Nazaré ou redes sociais, a celebração de suas casas. Como dito acima, a recomendação é que os ramos fossem afixados em locais de honra, simbolizando assim, a tradicional procissão que não ocorreu. UNIDADE DA IGREJA Nas redes sociais, fiéis acompanha – vam e enviavam suas mensagens durante a transmissão da Santa Missa. Uma delas, Andréa Brito, pedia proteção aos médicos e enfermeiros que estão na linha de frente durante a pandemia. Cylene França, outra que acompanhava a transmissão comentou: “Jesus manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao Vosso”. Este espírito de unidade segue nas próximas celebrações da Semana Santa, já que todos os atos sagrados serão transmitidos aos fiéis. |
