O Carmelo Santa Teresinha completou 40 anos no dia 16 e para celebrar a data houve Missa solene, presidida pelo Bispo Auxiliar, Dom Irineu Roman, na sede daquele instituto de vida religiosa consagrada, localizado no município de Benevides.
A celebração eucarística foi pela manhã, às 10h30, com a presença de fiéis da comunidade que vive às proximidades do Carmelo e com a participação das religiosas do Mosteiro de Carmelitas Descalças da Ordem da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, situado na alameda José França.
Um Carmelo na Arquidiocese de Belém
Madre Maria do Carmo, Prioresa do Porto, em Portugal, enviou carta no dia 3 de novembro de 1975, comunicando à Priora do Carmelo de Chokwé da vontade do Arcebispo de Belém, Dom Alberto Ramos, de fundar um Carmelo em sua Arquidiocese. Da vontade de Dom Alberto, houve uma correspondência entre o Carmelo de Fortaleza, da parte de Madre Maria da Paz, irmã de Dom Alberto, com o Carmelo do Porto e Chokwé, no período entre de janeiro de 1976 a maio de 1977, selando compromisso firmado em 13 de abril de 1977 , quando aquele instituto aceitou a proposta de Dom Alberto de tratar da transferência para o Brasil.
Concretizados os ideiais para a instalação do Carmelo em terras paraenses, as Irmãs Helena Baker e Mariana Lobo Vaz Patto, foram as duas primeiras Carmelitas a empreender viagem para Belém, via Rio de Janeiro e Fortaleza.
Chegadas a Belém no dia 29 de maio de 1977, as Carmelitas foram acolhidas em hospedagem provisória no convento das Irmãs Legionárias de Nossa Senhora Rainha dos Corações, no Entroncamento, em Belém. Entre os meses de junho e julho chegaram mais 12 Irmãs para acompanhar os primeiros momentos do Carmelo.
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A instalação do Carmelo
A instalação do Carmelo na Arquidiocese de Belém foi oficialmente anunciada no dia 16 de julho de 1977, demarcada pela Santa Missa no convento das Irmãs Legionárias, tendo o presidente da celebração, o Arcebispo Dom Alberto Ramos, formalizado naquela ocasião o seu consentimento para a instalação do Mosteiro.
O Rescrito nº 16046/77, datado de 22/06/1978, de autoria da da Sagrada Congregação para Religiosos e Institutos Seculares autorizou a transferência definitiva das Carmelitas Descalças de Moçambique para Belém do Pará, o que na prática, significou a ereção da nova fundação da na capital paraense.
O início da construção do Mosteiro em Benevides no dia 8 de julho de 1980 tornou-se possível graças à doação do terreno pelo Sr. José Alexandre, português, residente no município. Assim, naquela data a 1ª Pedra Fundamental da obra recebeu a bênção do Sumo Pontífice, o Papa João Paulo II, na capela do Seminário Pio X, na presença das Carmelitas, na sua viagem apostólica ao Brasil.
A 29 de julho de 1981, com a conclusão de uma ala do Mosteiro, as irmãs que residiam provisoriamente com as irmãs Legionárias, mudaram-se para Benevides. Configuravam-se os primeiros momentos do Carmelo. Em local provisório, houve uma Missa no dia de Santa Teresinha em 1 de outubro de 1981, celebrando essa etapa inicial. Eram as prévias do êxito dos primeiros passos das Carmelitas em solo paraense que viria a ser coroado com a Missa da inauguração da 1ª ala do Mosteiro no dia 15 de outubro de 1981, tendo sido permitida naquela ocasião a entrada dos fiéis na clausura para conhecer o local. Mais tarde, uma visita ampliada permitiu à comunidade também conhecer um pouco mais do local, nas dependências que já se encontravam prontas por ocasião da Missa de inauguração da Capela do Mosteiro Santa Teresinha no dia 15 de outubro de 1982, celebrando-se na data também a conclusão das obras principais.
Histórico
O Carmelo de Santa Teresinha tem sua história iniciada em 1956 quando Dom Clemente Gouveia, ao ser nomeado Arcebispo de Leuce, Moçambique, recebeu do Cardeal Camilo Laurentim, Prefeito da Sagrada Congregação dos Religiosos, o conselho para que procurasse instalar convento de Ordem Contemplativa nas Regiões Missionárias para o ajudar, por meio da Oração.
Acolhendo o conselho, Dom Clemente benzeu a 1ª pedra do edifício do Carmelo, num terreno de Polara, a 13/05/1956, e com a ajuda do engenheiro Trigo de Morais o projeto foi realizado.
O Cardeal Gouveia viu atendido seu segundo pedido ao Carmelo de São José, de Fátima, Portugal, que prometeu ceder religiosas para formação do Carmelo na África em outubro de 1961. As primeiras Irmãs chegaram a Guinjá a 17/06/1964.
A partir de então a comunidade passou a chamar-se Vila Trigo de Morais e em 1970 subiu à categoria de cidade que atualmente chama-se Chokwé.
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