Círio das Crianças toma as ruas do centro da capital

Foto: Luiz Estumano
 
No colo dos pais, segurando a mão de alguém ou, ainda, montado nos ombros para ter uma visão privilegiada para ver a imagem da Rainha da Amazônia passar em sua Berlinda. Assim foi a manhã do último domingo, 21, dia da realização da 28ª edição do Círio das Crianças que também reuniu avós e pais para homenagear Nossa Senhora de Nazaré. Com o objetivo de iniciar desde cedo a devoção à Virgem, a procissão teve início com Santa Missa, às 7h na Praça Santuário, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano.  
 
No primeiro domingo após o Círio de Nazaré, é a vez de os pequenos irem às ruas vestidos de anjos e com sua alegria, própria da infância, cantarem e louvarem Nossa Senhora. Realizado pela primeira vez em 1990, o Círio das Crianças teve animação ainda de bandas musicais compostas por jovens e um coral formado especialmente para a homenagem.
 
Na celebração eucarística que antecedeu a saída da romaria, que contou com centenas de famílias, Dom Alberto comentou o modelo das crianças tomado por Jesus: “As crianças correram a Jesus e foram abraçá-lo. Hoje estamos aqui na casa de Nossa Senhora, vamos levar sua imagem pelas ruas, e nós aprendemos com vocês (crianças) a buscar Jesus por sua mãe Maria.” 
 
Depois da Santa Missa, a imagem foi colocada numa miniatura da berlinda ornamentada com flores e percorreu algumas ruas de Nazaré em um percurso de cerca de 3 km, iniciado pela Travessa 14 de março, seguindo pela Avenida Governador José Malcher, Travessa Dr. Moraes e retornando à Av. Nazaré e à Praça Santuário.
Na romaria, a Imagem Peregrina é acompanhada de mais quatro carros dos Anjos, ícones da Grande Procissão do Círio de Nazaré. Entre eles iam famílias. Com um filho no colo e outra ao lado segurando sua mão, ambos vestidos de anjos, caminhava Wanderson Paulo de Azevedo, 27 anos, como forma de agradecimento por uma graça alcançada:
 
“Eles (os filhos) nasceram com complicações e com a intercessão de Nossa Senhora estão aqui saudáveis. Para mim, que desde cedo participo do Círio, vir com eles a esta romaria é um ato de fé e de reconciliação. Apesar de morar hoje em Barcarena, sempre fazemos um esforço para estar aqui agradecendo”.    
 
Da mesma forma Rosemeire Santa Brígida estava presente com as pequenas Taly e Miriam. Taly, a menor, de apenas seis anos, nasceu com dois sopros no coração e teve melhora sem a necessidade de intervenção cirúrgica, e Miriam, 14 anos, que passou por 32 cirurgias devido à hidrocefalia. Ambas estavam saudáveis e bem animadas. “Todo ano após a graça da saúde delas eu acompanho, para mostrar para a elas a importância do amor e da fé.”, afirmou Rosemeire, sua mãe.
 
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Diretoria da Festa de Nazaré, a Romaria, realizada em quase 3 horas, teve uma estimativa de participação de 250 mil pessoas. Isso, para Dom Alberto, é motivo de grande alegria: “o Círio das crianças cresce todos os anos. Fico muito impressionado ao perceber crianças que neste ano começam a entender o que é o Círio e estão aí, ou andando, ou no colo dos pais, manifestando alegria e expressando aquilo que faz parte da nossa vida, da nossa prática religiosa que influencia a vida da nossa sociedade que é justamente a devoção a Nossa Senhora. Isto é evangelização.”
 
Por volta de 11h a imagem chegou à Praça Santuário e foi conduzida até o altar por Dom Irineu Roman, um dos bispos auxiliares, para a benção final dada por Dom Alberto.

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