O Retiro anual reúne o clero das três Igrejas, para rezar, partilhar e alimentar a Espiritualidade do presbítero. Momento de revigorar a comunhão e sinodalidade entre as três Igrejas Locais, e neste ano de 2025 tem como tema: “A missão nasce e se alimenta de uma memória agradecida, para sermos peregrinos da esperança”.
A abertura do retiro aconteceu com a celebração Eucarística na noite da 27 de janeiro de 2025, presidida por Dom Marcos Piatek, bispo da Diocese de Coari. No dia 28 iniciou-se propriamente dito, o retiro anual do Clero das Igrejas, tendo Coari como local do encontro, e irá até o dia 31 de janeiro. Este é o terceiro ano consecutivo que a Diocese Alto Solimões, Diocese de Coari e a Prelazia de Tefé, realizam o retiro anual do clero juntas; sinal de comunhão e de sinodalidade entre estas Igrejas. Esta dinâmica iniciou no ano de 2022, e este primeiro ano, o orientador foi Dom Altevir, bispo da Prelazia de Tefé, que convidou o grupo a rezar a partir dos Discípulos de Emaús, construindo junto com todos, um Projeto Missionário, elaborado sob a força da oração. Já o segundo ano quem orientou foi o Pe. Antônio Niemiec, então secretário das Pontifícias Obras Missionárias – POM, a partir do tema: “A identidade do Missionário Presbítero”. O mesmo ressaltava que em cada fase da vida, os clérigos são convidados a visitar o âmago da sua existência, onde se encontram as motivações mais profundas de sua vocação presbiteral.
“A missão nasce e se alimenta de uma memória agradecida, para sermos peregrinos da esperança”, é o tema deste ano, orientado pelo Pe. Siro Stocchetti, italiano, comboniano, e atua na Área Missionária São Daniel Comboni, na Arquidiocese de Manaus.
Na primeira manhã, o orientador, depois da oração invocando a presença do Espírito Santo, se dirigiu aos participantes, que este ano reúne cerca de 40 padres, sendo 19 deles da Prelazia de Tefé, e ainda conta com a participação dos bispos diocesanos destas Igrejas: Dom Adolfo Zon Pereira, Dom Marcos Piatek e Dom Altevir José Altevir da Silva. Este primeiro momento do retiro, o orientador Pe. Siro, trouxe a reflexão sobre o papel do orientador, que é propor um caminhar espiritual, apresentando passo a passo; um itinerário, com metas, ou seja, onde cada um se encontra e onde quer chegar. A partir do tema, o mesmo dizia que é preciso alimentar a Memória deste Deus que fez história com cada um, e que os possibilita seguir a missão com serenidade e confiança. Ao falar do objetivo do retiro, dizia ainda que é necessário: “encontrar com Jesus que me revela o Pai”, citando São Tomás de Aquino, com a frase: “ver em todas as coisas a presença de Deus”, e afirmava que todo encontro com o Senhor, causa em cada um, mudança, levando à conversão.
Pe. Siro falou da importância do silêncio, especialmente, o silêncio interior. Destacou a importância da oração, ou seja, Deus falando com cada um. E confirmou que o Espírito Santo é o verdadeiro protagonista do retiro. Ao indicar o texto de Mc 6,30-32, para cada um entrar no retiro, chamou a atenção para o exercício de autoescuta, recorrendo ao ponto de partida: como cada um se encontra?
Na primeira meditação, Padre Siro apresentou como tema, “o encontro do desejo de Deus com o meu desejo”. Por citações bíblicas, indicadas para este caminho: Ap 3,20 e Lc 19, 1-10, com o foco no versículo 5, “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua Casa”. E ao concluir disse que os participantes devem contemplar Jesus que está à sua porta, pedindo licença para entrar. “Se alguém ouvir a minha voz, abrir a porta, eu entrarei em sua casa, cearei com ele e ele Comigo”.
Enviando todos para à meditação pessoal, convidou-os a pedir a graça de Deus rezando: “Concede-me Senhor, contemplar-te em teu desejo de me encontrar, a graça de fortalecer o meu desejo de me encontrar contigo para ser testemunha do teu amor na missão que me confiastes.
Fonte: Regional Norte 1 / Por Dom José Altevir da Silva, CSSp