Colunista José Ramos

  O QUE DOM ALBERTO GAUDÊNCIO RAMOS
ESCREVEU SOBRE A FUNDAÇÃO DA DIOCESE DE BELÉM

Em 30 de Março de 1983, comemorando os 264 anos da fundação da Diocese de Belém, o então Arcebispo Dom Alberto G. Ramos, escreveu no “Voz de Nazaré” e republicado no “O Liberal”, o texto que repetimos agora festejando o 3º século da fundação da nossa Diocese.
    
“Em março de 1719, encontrava-se nesta cidade de Belém o bispo do Maranhão, Dom José Delgarte e aqui prolongou sua estada, pois a 21 do mesmo mês, sagraria a igreja de São Francisco Xavier, hoje, conhecida como Santo Alexandre.
 

Mal podia imaginar que, a essa hora, já havia sido assinado em Roma, pelo Papa Clemente XI, a bula “Copiosus in Misericordie” a ereção da diocese do Pará, justamente a 4 de Março.

A jurisdição do bispo do Maranhão, até essa data, ia dos confins do Piauí à Guiana Francesa, da Costa do Atlântico aos duvidosos limites com as colônias espanholas. Uns três milhões e 700 mil quilômetros quadrados! Mesmo assim, ainda houve protestos, na Atenas Brasileira, quando se cogitou de erigir o novo bispado do Pará!

Belém, aconchegada ao fundo da baia de Sepererá ou Guajará, pequeno Burgo acantonado em torno do promontório do Forte do Presépio, começava a estender-se pela campina, e assinalava o seu litoral com os grandes conventos de Sto. Antônio, dos Mercedários, dos Jesuítas, dos Carmelitas e de outro ramos da Família Franciscana. Eram os principais focos de cultura, que abriram suas portas para a formação sacerdotal do clero diocesano e também humanística dos jovens mais destacados.
    
Não foram pequenas as dificuldades para tentar a evangelização do vale Amazônico. O primeiro bispo não encontrava nem catedral, nem seminário, nem residência.

Vou interromper para continuar na próxima edição, transmitindo um pouco
mais da autêntica história da Igreja na Amazônia.
 

 

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