Pe. Helio Fronczack
A frase de Maria Montessori nos mostra o verdadeiro propósito da educação, pois a maneira como moldamos as mentes e os corações de nossas crianças – os cidadãos do amanhã – é o que, em última instância, define a natureza do mundo que construímos e habitamos.
Se a busca por uma competição desenfreada e um individualismo exacerbado pode, de fato, nos conduzir a conflitos, divisões e desentendimentos, a cooperação genuína e a solidariedade ativa emergem como os pilares inabaláveis sobre os quais se constrói um futuro de verdadeira paz e prosperidade compartilhada. Não se trata apenas de evitar a discórdia, mas de construir ativamente a harmonia.
Essa responsabilidade não recai, exclusivamente, sobre os ombros de educadores formais ou das grandes instituições de ensino. Pelo contrário, é uma incumbência de cada um de nós. Em nossos lares, através do diálogo e do exemplo; em nossos locais de trabalho, fomentando a colaboração e o respeito mútuo; e em nossas comunidades, engajando-nos em iniciativas que promovam a inclusão e a justiça social – temos a oportunidade diária de semear e nutrir os valores essenciais da empatia, do respeito profundo pelas diferenças e da união em prol de objetivos comuns.
Educar para a paz é, portanto, um compromisso contínuo, uma escolha consciente e deliberada de edificar pontes de compreensão e conexão, em vez de erguer muros de separação e preconceito. Que possamos, em um esforço coletivo e incessante, assumir plenamente esse papel transformador, cultivando um ambiente onde a harmonia, a justiça social e o bem-estar coletivo não sejam meros ideais, mas a base sólida e inegociável de toda a nossa existência. É nesse esforço mútuo, nessa prática diária de paz, que reside a verdadeira e mais promissora esperança para um mundo genuinamente mais pacífico e fraterno.