Por Pe. HelioFronczack
“Gentileza gera gentileza”. Essa simples e poderosa mensagem ecoa uma verdade que Jesus nos ensinou há dois mil anos: “Tudo quanto desejais que os homens vos façam, fazei-lhes também vós” (Mt 7,12). A Regra de Ouro do Evangelho não é apenas uma orientação moral abstrata, mas um princípio vivo que, quando praticado, transforma vidas e comunidades.
Quando escolhemos a gentileza, criamos uma corrente de bondade. Um sorriso genuíno, uma palavra de encorajamento, um gesto de solidariedade – esses pequenos atos plantam sementes que germinam em corações sedentos por humanidade. A gentileza reconhece a dignidade do outro, vê nele a imagem e semelhança de Deus, e responde com respeito e amor.
Num mundo frequentemente marcado pela pressa e pela indiferença, a gentileza é um ato revolucionário. Ela nos convida a desacelerar, a olhar nos olhos do próximo, a escutar com atenção. Quando praticamos a gentileza, não apenas fazemos bem ao outro, mas nos libertamos da dureza que o egoísmo constrói em nossos próprios corações. Somos mais felizes, mais livres, mais inteiros.
A Regra de Ouro nos recorda que a vida é recíproca: o que semeamos, colhemos. E que melhor semear do que gentileza? Neste início de novo ano litúrgico, ou em qualquer tempo, permitamo-nos ser canais de bondade, instrumentos da graça divina aos nossos irmãos e irmãs. Pequenos gestos de gentileza, multiplicados em nossas famílias, bairros e cidades, podem regenerar o tecido social e aproximar-nos do Reino que Jesus nos prometeu.
Que cada um de nós seja semente de gentileza, sabendo que, ao fazer aos outros o que desejamos que nos façam, estamos vivendo plenamente o Evangelho e construindo um mundo mais fraterno e belo.
