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A Igreja de Belém, ao celebrar seus trezentos anos como Diocese, assumiu um compromisso para orientar todas as suas atividades: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. Este objetivo quer alcançar todos os membros de nossa Igreja, nas diversas vocações e estados de vida, a fim de que tenhamos a força necessária para levar a Boa Nova a todos.
Desejamos que a Igreja de Belém “viva para evangelizar” (Evangelii Nuntiandi 14), adotando práticas missionárias de evangelização em toda a Arquidiocese. Somos um Povo Eucarístico, Missionário e Mariano. Nossa alma é marcada pela presença da Virgem de Nazaré, que orienta e educa a fé do povo-Igreja, Mãe que cuida dos seus filhos.
“Os onze discípulos voltaram à Galileia, à montanha que Jesus lhes tinha indicado. Quando o viram, prostraram-se; mas alguns tiveram dúvida. Jesus se aproximou deles e disse: ‘Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. ‘Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. ‘Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos’” (Mt 28,16-20).
De lá para cá a Igreja, viva e presente, empenha-se em levar a Boa Nova do Evangelho a todas as gerações. Sendo batizados, os cristãos, em cada Diocese, têm como pastor um sucessor dos Apóstolos, reúnem-se em torno da Eucaristia e estão unidos ao sucessor de Pedro, sinal de unidade. O horizonte de sua ação são os confins da terra, mesmo que estes estejam muito próximos, bem perto de nossa casa. Todos os homens e mulheres são reconhecidos no abraço de amor com que a Igreja quer acolher a todos!
Nossa Arquidiocese, cuja criação como “Diocese de Belém do Grão Pará” remonta ao dia 4 de março de 1719, agradece a Deus pelos trezentos anos de uma história rica de lutas, marcada tantas vezes pelo sofrimento, enriquecida por gerações de pastores e fiéis que a honraram e fizeram crescer. Ela faz parte da missão confiada pelo Senhor aos seus primeiros discípulos.
Em nosso horizonte, abrem-se perspectivas novas e desafiadoras, com a certeza de que o Espírito Santo nos conduz para responder aos clamores de nosso tempo, no qual as pessoas têm sede de Deus (Cf. Plano de Pastoral da Arquidiocese de Belém). Em 2019 acontecerá o Sínodo dos Bispos para a Amazônia! Um evento que, em nosso jubileu tricentenário, suscita nossa oração, nosso trabalho, criatividade e abertura para os sinais de Deus.
Olhamos para o alto e para a frente, renovando o impulso para a Missão. Há muita gente que aguarda a força missionária da Igreja, a ser vivida por todos nós, com generosidade e dedicação. Mas a Missão se realiza em comunhão, com o envolvimento de todas as forças vivas da Igreja. É claro que todos nós, para sermos missionários de acordo com o Coração de Cristo, procuraremos todos os meios para a necessária formação espiritual e pastoral, valorizando todas vocações e estados de vida. A missão, sendo coerente com o Evangelho, vai levar-nos ao serviço da caridade, para que seja profético e corajoso nosso testemunho. Temos a certeza de que a espiritualidade dos discípulos missionários, que somos todos nós, com fundamento na Palavra de Deus, será o óleo com que o Espírito vai ungir todas as atividades pastorais da Arquidiocese. Enfim, como nossa vocação é evangelizar, deveremos ser bem preparados para comunicar a Boa Nova através de todos os meios!
A luz que recebemos do alto é a unção que a liturgia nos relata nestes dias, quando Jesus vai à Sinagoga de Nazaré. Ele é o Ungido do Pai, sobre o qual repousa a plenitude do Espírito Santo. E sabemos que prometeu o mesmo Espírito Santo a todos os que nele creem. Assim, nossa missão de Igreja não é um projeto humano, a ser realizado apenas com nossas forças, mas garantido por um mandato do alto.
Jesus veio para anunciar a Boa Nova aos pobres! Sua missão e a nossa missão são inclusivas, sem deixar ninguém de lado. Para nós, isso significa ir aos que estão ou se sentem mais afastados. Basta verificar o apelo forte que as nossas áreas periféricas, de grande crescimento populacional, clamam pela presença da Igreja. Nasce um apelo missionário que pode e deve alcançar as pessoas e também as estruturas. Cada Paróquia estruturada pode e deve assumir uma Paróquia ou Comunidade irmã em nossa Arquidiocese! E basta olhar ao redor para ver o crescimento espiritual e pastoral daquelas que já aceitaram este convite.
Jesus proclama a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista. Diante dele e de seu Evangelho ninguém fica escravo, cego, surdo ou mudo ou aleijado. Todos são tocados por Ele. E nós testemunhamos a alegria do Evangelho que toca nos corações e na vida das pessoas. Temos testemunhado a esperança que brota nas Comunidades que florescem e superam a revolta e a raiva da vida!
Jesus liberta os oprimidos! Desde a libertação do pecado, fonte de todo o resto de maldade existente no mundo, para chegar à libertação de tantas amarras, chamem-se elas violência, truculência no exercício do poder, ou qualquer tipo de opressão. Temos visto que efetivamente só a força do Evangelho suscita esta mudança no mundo, e com ela nos comprometemos!
O desafio é que nossa Igreja proclame de novo um ano da graça do Senhor, E que ela possa dizer de novo que hoje se cumpre esta palavra da Escritura!
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Conversa com meu povo: O Espírito do Senhor está sobre mim
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