Por Padre Antônio Mattiuz, csj
A CELEBRAÇÃO DA MISSA – Parte 16 – breve resumo dos artigos publicados (1)
Liturgia é a oração oficial da igreja. É também a técnica e a arte de os fiéis festejarem a páscoa de Cristo e iniciarem a própria páscoa para se tornarem parecidos com Cristo.
Muitas celebrações deixam a desejar por falta de preparação, de competência, de entusiasmo e de unção de agentes da liturgia: leitor, cantor, comentarista e alguma vez até padre e diácono.
O grande teatrólogo Paulo Autran diz que a Palavra geralmente é lida por pessoas sem capacitação, sem vida, sem fé, sem unção e sem convicção, numpapapá vazio que não transmite nada.
Autran diz que antes de ele apresentar um texto, lê várias vezes, e depois tenta representar o seu autor. Assim deve ser com quem proclama um texto bíblico: representar o profeta ou apóstolo, e dar-lhe a expressão que aquele apóstolo ou profeta lhe daria se estivessem ali no seu lugar.
Paulo Autran se diz encantado com Dom Helder Câmara que falava com garra, emoção e convicção, que acreditava no que dizia, mas hoje são raros os que agem como Dom Helder.
O Vaticano II pede a participação ativa de todos na celebração.
O silêncio é fundamental na liturgia, pois Deus só fala e só é ouvido no silêncio. Mas, alguns têm pavor do silêncio e o quebram logo, falando, cantando, recitando ou fazendo acordes músicos.
Na liturgia é preciso emoção e unção, mas sem exageros.
A Palavra da Bíblia é sagrada e só deveria ser proclamada por que é capaz de representar Jesus, o Apóstolo, o profeta.
Na liturgia, proclamar é diferente e muito mais do que ler. Proclamar é anunciar em voz alta e pausada, para todos entenderem. Se o povo não entende, a Palavra se torna insípida e estéril.
Antes de proclamar a Palavra, o leitor deve sabê-la quase de cor, pronunciar bem todas as palavras, de modo pausado, com vida e unção.