Por Padre Hélio Fronczak
A imagem é simples e clara; a legenda, lapidar: “Nem tudo o que a gente quer, serve pra gente”. Essa metáfora cotidiana revela uma verdade universal sobre a compatibilidade e a sabedoria das nossas escolhas.
O terceiro pino na tomada não é um detalhe; ele é o “aterramento”, um componente crítico de segurança e estabilidade em qualquer sistema elétrico. Sua função é desviar correntes elétricas indesejadas, protegendo tanto o equipamento quanto o usuário contra “choques” e “curtos-circuitos”. Sua ausência no plug impede a conexão segura e simboliza a falta de um elemento crucial para a estabilidade e proteção do “circuito”. Transpondo para a vida, quantas vezes nos deparamos com situações análogas?
A imagem nos leva a refletir: tentar forçar um encaixe onde não há compatibilidade real é como tentar plugar um cabo de dois pinos numa tomada de três: não funciona, pode danificar a estrutura do “aparelho” e até mesmo comprometer a segurança do “sistema” como um todo.
É fundamental discernir o que realmente nos “serve”. Aprender a soltar e aceitar as incompatibilidades é um sinal de maturidade e amor-próprio. Essa liberdade nos poupa energia, tempo e sofrimento, abrindo caminho para o que verdadeiramente se encaixa. Permite que busquemos conexões que nos protegem contra “surtos” da vida e nos impulsionam de forma segura para alcançar os objetivos fixados.
A maior sabedoria reside em investir nossa energia apenas naquilo que se alinha com nossa essência, que nos oferece a estabilidade e a segurança necessárias para florescer plenamente. A vida nos ensina, através de metáforas simples, que as melhores conexões são aquelas que nos permitem operar em nossa melhor versão, sem risco de “sobrecarga” e com total “integridade de sistema”.