Por Padre Helio Fronczak
A busca por um mundo mais harmônico e solidário nunca foi tão urgente quanto agora em nosso mundo cheio de polarizações conflituosas. O conceito de “amor verdadeiro” precisa ser resgatado e aplicado no cotidiano. Um termômetro serve para medir a temperatura do corpo humano e sugere uma metáfora que nos ajuda a compreender quais atitudes são essenciais para aumentar os níveis de relações mais saudáveis e significativas.
Em geral, todos procuram agir pela busca da própria felicidade. O amor, quando espalhado por todos os cantos, não só nos faz felizes, mas também irradia alegria para aqueles ao nosso redor. A felicidade que vem do amor é contagiante e transforma a sociedade em um lugar melhor para todos.
Para viver em paz é fundamental que consideremos a atitude de perdão, pois pedir desculpas e aceitar as desculpas dos outros são atos que expressam amor verdadeiro. O perdão nos liberta do peso do ressentimento e abre caminho para um mundo mais fraterno. Perdoar é, na verdade, um presente que damos a nós mesmos, permitindo-nos seguir em frente sem as amarras dos erros passados.
Ajudar o outro, servir o outro, é característica imprescindível dos discípulos de Jesus Cristo. A regra de ouro, “fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem a nós”, continua a ser um guia infalível. A capacidade de se colocar no lugar do outro, é a chave para construir pontes e derrubar barreiras.
O resultado da atitude de serviço ao próximo é a promoção da paz. Querer a paz e praticá-la é um ato revolucionário. Seja no trânsito caótico, nas pressões do trabalho ou nas tensões familiares, a paciência e a serenidade são ferramentas poderosas para transformar ambientes e relações.
No topo deste termômetro que mede a temperatura das nossas relações está o amor em sua forma mais pura, isto é, o amor que nos leva a sermos os primeiros a agir, a tomar a iniciativa em praticar o bem. Não me refiro apenas a grandes gestos, mas sim às pequenas ações diárias que demonstram cuidado e atenção às necessidades do próximo. Amar é estar presente, ouvir, apoiar e, acima de tudo, respeitar cada pessoa que encontramos.
O meu convite a você, prezado leitor, prezada leitora, é o de utilizar esse termômetro como uma ferramenta de reflexão e ação. Procuremos medir a temperatura do nosso amor ao próximo diariamente, ajustando nossas atitudes para aquecer sempre mais as relações humanas, passando de um mundo frio e indiferente, ao calor do amor verdadeiro que ilumina o caminho para um futuro mais justo e fraterno.
O convite é para que cada gesto, por menor que seja, seja um passo em direção a um mundo onde o amor, a paz, a ajuda mútua, o perdão e a felicidade sejam a norma, e não a exceção. Que possamos ser agentes de mudança, inspirando outros a seguirem o mesmo caminho. Medir a temperatura do nosso amor verdadeiro é, acima de tudo, um compromisso com a construção de um mundo onde todos possam viver com dignidade e respeito.