Foto: Divulgação. |
Natural da cidade de Nova Lima (MG), na próxima terça-feira, 26, Dom Alberto Taveira Corrêa, décimo Arcebispo Metropolitano de Belém, comemora seu 70º aniversário natalício. Por causa do isolamento social, a comemoração será na Residência Episcopal com Santa Missa ao meio-dia, transmitida pelos meios de comunicação da Fundação Nazaré. Criado por uma família tradicional mineira, Dom Alberto foi batizado com o mesmo nome do pai, Alberto Corrêa, que era professor e bancário. A sua mãe, Maria da Conceição Taveira Corrêa, também era professora e teve mais dois filhos. Sobre suas expectativas para a nova idade, Dom Alberto comenta que “para Deus, mil anos são como um dia e um ano como mil anos”. “Desejo viver bem cada momento presente, dedicando ao Senhor e à Igreja a minha vida. O mais importante é dar graças a Deus pela vida, pela saúde, pelas pessoas, pelo amor com que sou cercado todos os dias, desejando ser fiel a estes dons recebidos”, comenta Dom Alberto acerca de seu aniversário. Sobre seus planos no seguimento de sua missão na Arquidiocese de Belém, o Arcebispo afirmou que “não há programas diferentes”, mas buscar responder aos desafios atuais: “agora, a solidariedade e envolvimento com o drama da pandemia; o sonho de que as portas de nossas igrejas se abram; a continuidade do Sínodo Arquidiocesano, cujo calendário foi suspenso por causa da pandemia; a ampliação do serviço da Igreja em Áreas Missionárias, paróquias, Serviço da Caridade e, daí, por diante. Não dá para ficar parado. Tudo continua a funcionar em nossa Igreja de Belém!”. |
Áreas missionárias: continuar acompanhando-as |
TRAJETÓRIA Ao completar o estudo primário, ele ingressou no Seminário Provincial do Coração Eucarístico de Jesus, em 1961, com apenas 11 anos. Lá, completou o Ensino Fundamental e Médio. Como seminarista da Arquidiocese de Belo Horizonte, fez os cursos de Licenciatura em Filosofia e Bacharelado em Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. No dia 15 de agosto de 1973, aos 23 anos, foi ordenado sacerdote por Dom João Resende Costa. De 15 de agosto de 1973 até dezembro de 1977 exerceu o cargo de pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, em Nova Lima. Foi, ainda, Vigário Paroquial da Paróquia de Santo Antônio do Morro Velho e Capelão do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, na mesma cidade. No dia 6 de julho de 1991, foi ordenado Bispo, como Auxiliar de Brasília. Em 31 de maio de 1996, tomou posse como primeiro Arcebispo Metropolitano de Palmas, TO. Entre outras missões exercidas por Dom Alberto ao longo da trajetória de vida, está a Arquidiocese de Belém, onde, designado pelo Papa Bento XVI, em 30 de dezembro de 2009, tomando posse no dia 25 de março de 2010, tornou-se o décimo Arcebispo Metropolitano de Belém. |
BRASÃO EPISCOPAL O brasão de Dom Alberto Taveira Corrêa foi criado em 1991 por ocasião de sua Ordenação Episcopal (06/07) como bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília e teve como inspiração o lema episcopal: “PARA A VIDA DO MUNDO”. Em sua construção, lançados em campo único vermelho estão em ouro, uma estrela manifesta em seu brilho e um feixe de trigo. Este conjunto heráldico representa três elementos da fé cristã que manifestam a compreensão do lema episcopal do Arcebispo, a Eucaristia, Maria e a Unidade. Distintos e integrados, eles dizem o afã de ser instrumento da vida plena: “a mim o menor de todos, foi concedido o desafio de anunciar a todos o mistério das riquezas insondáveis de Cristo” (Ef 3, 8). |
Projeto Missionário: “seguir com a alegria de servir" |
ELEMENTOS A Eucaristia: expressa no lema episcopal a partir do feixe do trigo. Ela é o corpo de Cristo dado por vós. Recorda Jesus quando “abre o coração“ e fala: “O Pão que eu darei é minha carne dada PARA A VIDA DO MUNDO” (Jo 6, 51). Para o caminho e a maturidade de filhos recebemos nesta fonte o “Corpo entregue” e o “Sangue derramado” de Jesus, tesouro entregue é tesouro a se comunicar. Desta forma cabe ao epíscopo anunciar o amor que lhe foi entregue e convidar a todos a acolher este imenso dom na Eucaristia. Ser exemplo para que os outros conheçam este amor. Maria: expressada na estrela que brilha. Ela é a rainha e a estrela da evangelização, que aqui apresenta uma luz que não é sua, mas toda de Deus, por isso vemos o brilho da estrela que reluz a “luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado…”. A estrela não se apresenta, mas se faz instrumento escondido, é como se Maria estivesse tomando para si a palavra de João Batista: “importa que Ele cresça e eu diminua”, e ainda reitera: “fazei tudo o que Ele vos disser”. No coração do Arcebispo o título mariano, com o qual teve contato e forjou-lhe uma profunda consciência de ser filho de Deus e da Igreja, foi o de Nossa Senhora do Pilar, padroeira de sua cidade natal (Nova Lima, MG). Pulsa no sim dado à missão episcopal, a certeza de Maria como amparo da fé, pois é modelo de entrega de vida e cuja fidelidade se apoia na garantia de sua materna intercessão. A UNIDADE: expressa no campo único da arte do brasão, propõe a entrega da vida inteira a Deus, pois “o cristão se realiza à medida que entrega a sua vida. Só quem ama vive de verdade”. A cor vermelha, além de recordar o mistério da redenção, o fogo do Espírito, diz da coragem dos mártires que no seu martírio ensinam a morrer um pouco a cada dia, para que a misericórdia Divina sustente a fragilidade humana e nos dê a coragem para sermos testemunhas de Jesus Cristo. Santo Inácio de Antioquia sugere um ideal de vida, este santo queria ser o “trigo de Cristo” triturado pelos dentes das feras, até dizia que só seria verdadeiramente homem na da entrega da vida. INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS: O conjunto em arte expressa em detalhes o mistério uno e trino de Deus. No feixe de trigo encontra-se um caule (o número “um” indica que Deus é uma só realidade) que sustenta “sete” grãos (número que biblicamente indica a perfeição), que culmina em “três” filetes (Santíssima Trindade, um só Deus em três pessoas) lançados a partir do conjunto dos grãos. Na base, o brilho de uma estrela, todos os elementos em tons dourados (indica não só a caridade como norma da vida, mas a vitória e o caminho para alcançá-la) em harmonia no centro de um campo único, o vermelho (esta cor indica fortaleza, bons cuidados, valorização, fidelidade, alegria e honra no desafio de socorrer os pobres, infelizes e injustiçados). ENTENDIMENTO DO CONJUNTO: Atrai, propõe e convida a um ideal pelo qual vale dedicar inteiramente a própria vida: Deus que é amor. Em tempos de um mundo ferido e cansado, afirma que vale carregar como norma e decisão de vida viver: “PRO MUNDI VITA!” (O Pão que Eu darei é minha carne dada PARA A VIDA DO MUNDO” (Jo 6, 51). O Bispo deseja “perder-se” na Eucaristia, para imolar-se, sendo “Eucaristia para o mundo”. O mundo é um campo de missão que desafia a capacidade evangelizadora dos filhos de Deus. A Igreja que chamou Dom Alberto Taveira Corrêa à missão episcopal, para acompanhar este e todos os filhos na Eucaristia que manifesta o imenso amor, seguindo os passos de Cristo, morto e ressuscitado. Quem vive o encontro eucarístico recebe, assim como os discípulos de Emaús, a Palavra e o Pão. Aqui, a Palavra é o lema episcopal, e o Pão é o trigo triturado. Acolher a Palavra e comungar é ser transformado e impelido pelo AMOR, a repetir, sustentado por Maria, pilar e amparo da fé, a entrega plena e incondicional da vida, diante de cada homem e mulher, chamando todos ao convívio eterno! |
Dom Alberto Taveira Corrêa completa 70 anos nesta terça-feira, 26
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