Dom Antônio festeja Jubileu de Prata de sua Ordenação Sacerdotal

Foto: Luiz Estumano.
 

Na p r ó x i m a quarta-feira, 17, Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, festeja 25 anos de sacerdócio e a comemoração será de modo simples no meio do povo, com muita alegria, atenção e carinho. A Comunidade de São Judas Tadeu, uma das que compõe a Área Missionária Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Marituba, acolhe a celebração eucarística, às 19h30, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano. Em seguida as comunidades da área oferecem um jantar de agradecimento ao bispo auxiliar pelo seu trabalho na área missionária.

Ordenado sacerdote em 17 de junho de 1995, em Ourém (PA), por Dom Miguel Maria Giambelli, à época Bispo da Diocese de Bragança, Dom Antônio em conversa com o jornal Voz de Nazaré lembra do início de sua caminhada sacerdotal desses 25 anos dedicados ao pastoreio: “nos meus primeiros cinco anos de vida sacerdotal vivi algumas experiências muito estimulantes: a missão de formador e professor, o aprofundamento dos estudos teológicos em Roma e diversas experiências pastorais, sobretudo na periferia”.

Dom Antônio recorda que foram campos de experiências profundamente enriquecedoras porque o possibilitaram fazer uma síntese entre experiência de fé pessoal, o aprofundamento teológico e a experiência pastoral:

“São experiências que devem acompanhar toda vida de um sacerdote. Sobre as dificuldades, tive várias! Uma delas foi o fato de, desde muito cedo, os superiores me pedirem para assumir sérias responsabilidades, sendo uma delas o papel de formador. Por outro, houve o desafio de harmonizar o serviço interno na comunidade formadora com as responsabilidades pastorais com o povo”.

A maior parte desses 25 anos de sacerdócio foi dedicado ao serviço dos mais carentes na periferia das grandes cidades da Amazônia (em Belém, Porto Velho, Manaus), bem como no interior com os ribeirinhos e povos indígenas. “As experiências pastorais sempre me levaram a recordar as minhas origens. Por outro lado, comecei o meu sacerdócio trabalhando numa área missionária em Manaus, num lugar de muita pobreza, violência e desafios pastorais na zona leste de Manaus, onde hoje é a Paróquia São Domingos Sávio no bairro Armando Mendes. Comecei o meu sacerdócio com os pés no chão, na lama subindo e descendo ladeiras”, afirma.

DINAMISMO DO BOM PASTOR

Como lema sacerdotal, Dom Antônio escolheu dois trechos do Evangelho de São João “que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu; eu vim para que todos tenham vida” (Jo 6,39;Jo 10,10). Considerando que seu mote de perfil sacerdotal está baseado na síntese do dinamismo do Bom Pastor, Dom Antônio avalia que nesses dois versículos está contida a beleza do ideal de vida do Bom Pastor: seus valores, atitudes, dinamismo, sensibilidade, paixão.

“Eu sempre peço a Deus a graça de ser um sacerdote-pastor, próximo ao povo, assumindo estilo de vida simples, falando linguagem do povo, inserido nas várias realidades quanto possível, mas também com uma postura educativa; sou admirador da paixão do Bom Pastor pela salvação das pessoas, sua operosidade incansável, sua ousadia, sua inquietude, sua sensibilidade humana para com os mais pobres e injustiçados”.

Inspirado por esse dinamismo, Dom Antônio pontua o combate ao comodismo, seja na vida sacerdotal, religiosa ou leiga: “o comodismo é tremendo. Quando isso atinge a alma de um sacerdote, o seu sacerdócio morreu porque perdeu a paixão pela salvação das pessoas. Infelizmente o comodismo pastoral nos leva à mediocridade. É sempre um risco para todo nós”.

Ele completa: “sei dizer que as atitudes do Bom Pastor bíblico me inspiram. Mas uma coisa é verdade, há sempre muitas tentações. Não é fácil. Enfim, não sou eu a fazer a minha avaliação, é o povo, sobretudo, aqueles com os quais trabalhei e Deus que me chamou, me acompanha e tem paciência para comigo. Rezem por mim e me ajudem. A história continua!”

Para Dom Antônio chegar a marca dos 25 anos de vida sacerdotal faz brotar um enorme sentimento de gratidão a Deus: “Sinto-me profundamente grato a Deus. A fidelidade e a perseverança na vocação são dons divinos. Sempre senti um grande carinho de Deus para comigo, dando-me dons, a força necessária para superar todas as dificuldades pessoais, desafios pastorais e momentos de obscuridade”.

Sobre a celebração na comunidade São Judas Tadeu ele conclui: “será de modo muito simples no meio dos pobres, mas contando com muita alegria, atenção e carinho do povo. Nesse clima de pandemia tudo deve ser sóbrio e limitado. Vai ser numa pequena comunidade, numa área de ocupação, porque o povo foi sempre uma fonte de estímulo para o meu sacerdócio”.

 


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