Encontro Fraterno: “A Ceia Pascal Cristã”

 
 

Os paroquianos mais antigos de Santo Antônio de Lisboa estão aí para testemunhar as significativas celebrações da ‘Ceia Pascal no tempo de Jesus’, conforme texto do Pe. Ney Brasil Pereira, Paulinas, 3ª ed., ocorridas nos idos de 1997/98/99, quando todos eram convidados a se reunir nas amplas instalações do Centrão, situado na rua São Miguel, esquina com Dr. Moraes. 
 
Em um começo de noite, mantido o ambiente na penumbra, encenavam-se os relatos bíblicos desde a libertação do Povo de Deus por Moisés, (1200 a.C.), até à Plenitude dos Tempos, com Jesus Cristo, o Messias. A mesa diretiva era presidida por um Dirigente usando a quipá – uma boina que os judeus usam nos momentos solenes -, sua esposa e os leitores da Palavra. A esposa, representando a Mãe, com a cabeça e o pescoço envolvidos por um xale – à moda oriental – iniciava a celebração acendendo os candelabros sobre as mesas dos demais participantes, dispostas em semicírculos, iluminando o ambiente aos poucos. 
 
Eram então servidos o pão ázimo – matsá -invocando a fuga do Egito, quando não houve tempo para levedar; as ervas amargas – marór – lembrando o sofrimento da escravidão no Egito; aharósset – uma mistura de cor vermelha, de maçãs e nozes picadas, fazendo memória da argamassa que os judeus eram obrigados a produzir, para construção dos palácios e pirâmides. Taças com vinho tinto eram servidas em quatro momentos, significando respectivamente a Santificação, a Redenção, a Bênção, e a Aceitação, registrando a libertação do Povo por Moisés. Primeiro em importância, o cordeiro assado era servido por último.
 
A Bênção final assim termina: “Então poderemos todos viver, como teus filhos e irmãos entre nós, plenamente livres, com aquela liberdade que nos deste por meio de Jesus Cristo, teu Filho e Nosso Senhor. Amém! ” (p.45)

 

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