Encontro Fraterno: A importância da água

 
 

Enquanto algumas pessoas, inclusive eu e minha esposa, apreciávamos o ‘pôr do Sol’, postados na balaustrada da Estação das Docas, seguiu-se um momento em que baixei minha vista, passando a contemplar a harmonia das águas da baía do Guajará, em baixa-mar, que ao ser tocada por suave brisa, levava sua superfície a parecer um cabelo ondulado, com as pontas resistentes à ação do pente. Foram momentos de encantamento, uma lição de harmonia, pregada pela natureza. 
 
Além da simplicidade de sua combinação química, a harmonia das águas é gerada pela intensidade da força de coesão entre suas moléculas, que as fazem rolar umas sobre as outras, tomando a forma do recipiente que as contém. É como se fossem bolinhas de gude, com a superfície bem lisa, não se deixando armazenar em montes,  espalhando-se ao longo da superfície plana. A harmonia que encerra, deixa pescadores amadores felizes na volta para casa, mesmo só trazendo no balde dois peixinhos. Afinal, valeram os momentos de encantamento…
 
A harmonia que brota das águas pode nos remeter ao reconhecimento de que nelas tivemos nossa origem material, sabendo-se que a ciência conclui que a vida começou na água. Nossa afinidade com a água é grande, porque nosso corpo é constituído, em média, com 70% de água, estando presente em todos os processos fisiológicos e bioquímicos do nosso organismo. 
 
Enveredando-se timidamente pelo campo teológico, ora registra-se que a água é mencionada logo no comecinho da Bíblia (Gn 1,2). Para iniciar sua vida pública, Jesus foi batizado, com água (cf.  Mc 1, 9-10). E o primeiro milagre através do qual Jesus mostrou o Poder de Deus, foi transformar água em vinho (cf. Jo 2, 3-9). Que Jesus Eucarístico nos conceda a graça de aceitarmos em nosso corpo a ‘água viva’, prometida à mulher samaritana (cf. Jo 10).

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