Encontro Fraterno: Ramos e Paixão

 
 

No Domingo de Ramos a Igreja celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando foi saudado pela multidão como o Messias; e proclama o relato da Paixão, assim iniciando a última semana da Quaresma. No domingo, Jesus é aclamado pela multidão que bradava: “Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor, o rei de Israel” (cf. Jo 12, 13), e logo na sexta-feira seguinte é condenado pela turba que gritava: “Seja crucificado” (cf. Mt 27, 22). 
 
Naquele tempo, reis e conquistadores se apresentavam do alto de fogosos corcéis engalanados, e eram saudados por clarins. Jesus, no entanto, veio montado em um jumentinho (cf. Jo 12,14 -15), que o povo do Oriente utilizava como animal de carga, sendo saudado por pessoas que empunhavam ramos de palmeira. Conforme concluem estudiosos, ao se apresentar montado em um animal de carga, Jesus testemunhava a prática da humildade, sinalizando que seu Reino não era deste mundo. Aliás, passados vinte séculos, os corcéis daquele tempo deram lugar aos luxuosos carros que são utilizados por governantes do alto escalão e por pessoas ditas importantes. Até mesmo endividados ostentam possantes e luxuosos carros, enquanto os menos aquinhoados se utilizam da bicicleta. 
 
Quanto às folhas de palmeira, que caracterizam as celebrações do Domingo de Ramos, são elas guardadas até secar, para que suas cinzas, agregadas ao óleo de oliveira, sejam utilizadas na Bênção da Quarta-Feira de Cinzas do ano seguinte. Diz a tradição, contando eu com o testemunho de minha esposa que, diante de uma tempestade, sua mãe pedia a proteção Divina, acendendo uma vela para queimar os ramos bentos que trazia para casa, enquanto rezava o Magníficat.
 
Que as celebrações deste Domingo de Ramos sejam como portas abertas a nos indicar o caminho da conversão, diante da Paixão de Jesus Cristo.

 

 

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