Encontro Fraterno: Sant’Ana e São Joaquim

 
 

A devoção a Sant´Ana ocorre desde os primórdios do cristianismo, sendo tão antiga quanto a Mariana. No Ocidente, surgiu em 1584 quando foram instituídas as festas em seu louvor. Em 1969, a Carta Apostólica Mysterii Paschalis, do Papa Paulo VI, instituiu o Novo Calendário Litúrgico, passando Sant´Ana a ser festejada no dia 26 de julho, juntamente com São Joaquim, os avós de Jesus, ensejando que também no mesmo dia seja comemorado o Dia dos Avós.
 
Ana, que significa ‘cheia de graça’, era da tribo de Judá. Casou-se com Joaquim, da mesma tribo, cujo nome quer dizer, ‘Deus confirma’. Joaquim era um próspero proprietário de rebanhos em Nazaré, na Galiléia. Passados muitos anos de seu casamento, causava tristeza ao casal não haver gerado filhos. Ao procurar o Templo para fazer uma oferta, foi impedido pelo sacerdote Rubem, por tratar-se de uma pessoa que não mereceu a bênção de dar a Israel um descendente. Diz a tradição que Joaquim foi tomado de uma profunda tristeza que o levou a se isolar no deserto por quarenta dias e quarenta noites, observando o jejum e a oração. A tristeza de Ana também era grande, implorando a Deus a vinda de um filho.
 
Eis, então, que Deus ouviu as preces de suas criaturas, enviando um anjo para anunciar: “Ana, Ana, o Senhor escutou teus rogos: conceberás e darás à luz e de tua prole se falará em todo o mundo ” (Protoevangelho de Tiago). Também consta no documento apócrifo a mensagem de Deus a Joaquim: “Joaquim, Joaquim, o Senhor escutou teus rogos; volta, pois, que Ana, tua mulher, vai conceber em seu ventre”. Chegado o nono mês, Ana deu à luz uma menina, e lhe pôs o nome de Maria.
 
Assim, consumou-se em Ana o Mistério da Imaculada Conceição de Maria, reconhecido pela Igreja em 1854, conforme a carta apostólica ‘Ineffabilis Deus’, proclamada pelo Papa Pio IX.
 

 

 

Compartilhe essa Notícia

Leia também