Encontro Fraterno: Sinais da Natureza

 
 

Ao visitarmos uma cidade no sul de Minas, em um mês de fevereiro, logo nossa atenção foi despertada pela arborização de uma das principais avenidas, com árvores de porte médio, que naquela época deixavam brotar flores roxas. Tratava-se da Quaresmeira, assim denominada pela cor de suas flores, como que a saudar o Tempo da Quaresma que se avizinhava. 
 
Já houve tempo quando, na Quaresma, as imagens, ou mesmo gravuras que compunham os ornatos litúrgicos das Igrejas, eram cobertas com panos de cor roxa. Talvez mal informado, pensava eu que era sinal de luto, de tristeza. Isto porque eu fazia comparação com o costume da época, quando os velórios eram feitos nas próprias residências, sendo colocadas cortinas roxas na porta e janelas, sinalizando que ali havia um cadáver sendo velado. 
 
O tempo passou, os costumes mudaram, sendo eu esclarecido aos poucos sobre o verdadeiro sentido da cor roxa usada na Quaresma, que ainda hoje compõe os paramentos litúrgicos dos celebrantes. Assim, ora partilho o que consta no site da Paróquia Senhor Bom Jesus, no Distrito Federal: “O Roxo da Quaresma se refere a uma profunda interiorização, num tempo forte de penitência e conversão, de jejum e oração. Representa também uma espera por um grande acontecimento, que nos convoca a uma preparação adequada. ”
 
Diante do que recomenda a Igreja, os exercícios de conversão – a oração, o jejum e a esmola –a serem praticados com mais intensidade no tempo forte da Quaresma, devem seguir os ensinamentos do próprio Cristo, conforme o que consta no Evangelho de São Mateus, que o articulista se atreve a sugerir que seus leitores leiam (ou releiam), o capítulo 6, 1-18. Para mim, valeu a releitura, como que a inspirar minha caminhada de conversão, cônscio de que só se completará ao final da minha jornada terrena. 

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