Encontro Fraterno: Valores naturais (parte 1)

 
 

Refiro-me aos valores naturais inerentes à natureza humana: inteligência, consciência moral, vontade e liberdade. São preciosidades, valores que recebemos de Deus, vindos do âmago do nosso Criador, no ‘sopro’ que animou nosso corpo, modelado com ‘argila do solo’ (cf. Gn 2, 7).
 
Sobre a inteligência, tenho a partilhar as experiências que tive ainda como aluno de engenharia quando testemunhei a elevada capacidade de aprendizado de um pequeno grupo de colegas, ora me atendo a pelo menos dois, vindos de famílias com poucos recursos materiais. Percebia-se que um deles não era dos mais estudiosos, dispondo, no entanto, de uma capacidade de aprendizado acima do padrão, chegando mesmo a percorrer os grupos de estudo dos colegas para tirar as dúvidas sobre o que havia sido ministrado pelo professor. O outro desenvolveu sua inteligência a partir da dedicação aos estudos, já tendo contribuído com mais de 40 livros publicados, seu saber sendo reconhecido nacionalmente. 
 
Assim como a inteligência, já trazemos em nosso DNA a essência de uma consciência moral, que poderá ser aperfeiçoada ou deformada, a partir dos nossos ambientes naturais. Tem-se conhecimento de que, nas escolas militares, por exemplo, os armários onde os alunos guardam seus pertences não dispõem de chaves, como um sinal das orientações recebidas sobre moral. A Igreja também muito preza o aperfeiçoamento da consciência moral, inclusive trazendo no currículo da formação de seus sacerdotes disciplinas que abordam a moral cristã, assim como em documentos elaborados pelo seu Magistério, para orientação de toda a Igreja.
 
A vontade e a liberdade são fatores que, conjugados, definem o agir, tornando o homem e a mulher responsáveis pelos seus atos (cf. CIC §1734). Na próxima edição, mercê de Deus, estaremos prosseguindo neste assunto.
 

 

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