Foto: Divulgação. |
A caridade é, de acordo com o parágrafo 1822 do Catecismo, a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. No final de ano da Arquidiocese de Belém a prática deste mandamento deixado-nos por Cristo (cf. Jo 13,1) é vista de forma clara quando as paróquias, com coordenação da Cáritas, mobilizam-se para distribuição de cestas básicas para famílias carentes cadastradas no projeto “Belém, Casa do Pão”.
A campanha anual, que este ano traz o tema “A esperança dos pobres jamais se frustrará” (Sl 9,19), em alusão à Jornada Mundial dos Pobres, tem início no mês de novembro com a mobilização das paróquias. Cada uma delas realiza uma atividade com captação de alimentos ou caminhadas com equipes da Cáritas solicitando de porta em porta um quilo de alimento não perecível. Todos esses esforços desembocam em dezembro quando o dia “D”, de distribuição, se aproxima. A Cáritas reserva este dia, este ano escolhido para o próximo domingo, 18, para a distribuição das cestas confeccionadas pelas equipes. Segundo o Diácono Raimundo Nonato, presidente da Cáritas, a adesão à campanha pelas paróquias alcança a maioria:
“Fica difícil falarmos em índices, considerando que nem todas estão utilizando o sistema SIGEPA, desenvolvido para uma melhor forma de controle. Mas, mesmo naquelas que ainda não implantaram um núcleo Cáritas, as ações acontecem através da Pastoral Social. A nossa expectativa é a de que, a exemplo dos anos anteriores, os objetivos sejam atingidos.”
Durante a campanha brota entre as paróquias um belo sentimento de solidariedade em relação às metas do quantitativo de alimentos e cestas a serem arrecadadas, afirma o presidente: “As paróquias que mais arrecadaram ajudam de forma solidária aquelas que arrecadaram menos. Em se tratando das metas, não é a Cáritas que estabelece o quantitativo, fica a critério de cada paróquia, que conhece a realidade da área territorial e suas potencialidades.”
O Diácono Raimundo, que assumiu a diretoria em junho deste ano, destaca a importância da campanha: “Belém, a Casa do Pão, vem favorecer as famílias mais necessitadas a terem um Natal mais alegre. É o pouco que a gente pode contribuir nesse sentido. Vejo que o principal é trabalharmos a conscientização e na sensibilização. Nós, como Cáritas Arquidiocesana, buscamos favorecer e potencializar as opções da arrecadação de alimentos, encaminhando ofícios aos supermercados e elegendo as paróquias da proximidade, para acesso e arrecadação no espaço do estabelecimento comercial durante o período da campanha no decorrer do mês de dezembro.”
RETOMADA
O fervoroso empenho de pouco mais de 40 jovens arrecadou mais de uma tonelada de alimentos para a Paróquia Santa Rita de Cássia, na Cidade Nova V, em Ananindeua, nos dias 14 e 15. "Foi um desafio enorme, mas estamos felizes por fazer o bem", diz a jovem Clara Brito, da coordenação. A entrega das doações às famílias assistidas pela paróquia será no dia 22.
Caritas arquidiocesana apresenta projetos a benfeitores
No último dia 6, sexta-feira, a Cáritas Arquidiocesana, entidade sem fins lucrativos, que desenvolve atividades de cunho social na Arquidiocese de Belém, promoveu um jantar beneficente em um salão de recepções com a finalidade de divulgar projetos e ações desenvolvidos para captar recursos, sensibilizar e buscar amigos solidários.
O jantar contou com a participação dos representantes das entidades membros da Cáritas Brasileira Regional Norte II, além da presença de Dom Evaristo Spengler, Bispo referencial da entidade no Regional Norte II. “Visando à sensibilização e buscando o apoio dos presentes, apresentamos algumas ações realizadas através dos núcleos das Cáritas Paroquiais, de forma mais especial a campanha Belém a Casa do Pão, ainda em andamento”, explicou o presidente da entidade.
Foram apresentados, também, os projetos desenvolvidos em parceria com a Cáritas Brasileira do Regional Norte II no que se refere ao acompanhamento e a assistência aos índios Waraos, Projeto Içá: Ação e Proteção, além das oficinas de formação contra a exploração de crianças e adolescentes. “Tudo isso objetivando a continuidade e a expansão das atividades da Cáritas Belém”, indicou o Diácono Raimundo.
O trabalho realizado com os indígenas da etnia Warao, oriundos da Venezuela, acontece com visitas periódicas, ou, quando necessário, aos abrigos mantidos pelo Estado e pela Gestão Municipal, além daqueles em situação de rua. As equipes realizam acompanhamento, atendimento emergencial das necessidades básicas e, também, sensibilização da sociedade acerca da xenofobia (aversão ao estrangeiro).
A Cáritas desenvolve junto aos seus núcleos paroquiais e conselhos escolares o projeto Içá – Ação e Proteção que consta de palestras e formações cujo objetivo sensibilizar a sociedade para o enfrentamento à exploração e ao abuso sexual das crianças e adolescentes, bem como a realização de oficinas com crianças e jovens.
Aliás, o projeto tem ideias de crescer no próximo ano, conta o presidente: “Queremos, a partir de 2020, trabalhar a perspectiva da geração de emprego e renda, com as famílias, através da economia popular solidária – EPS. Envolvendo ainda em composição de mesa sobre a temática, em participação de seminários junto ao Ministério Público.”
A causa desses projetos é urgente pois necessitam de colaboradores para mantê-los: “Um dos objetivos da divulgação é exatamente esse, mostrar a necessidade deles, pois além das ações do voluntariado há a necessidade da participação de benfeitores, pessoas solidárias sensíveis aos atos de caridade”, finaliza o Diácono Raimundo.
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Entrega das cestas básicas do projeto “Belém, Casa do Pão”
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