Encerramos, assim, o nosso ciclo de meditações sobre a Mística do Silêncio. Nessa edição, falaremos a respeito do Silêncio Divino, o mais profundo, belo e precioso que o homem pode alcançar.
III. SILÊNCIO
DIVINO:
Trata-se de um silêncio que brota da vontade humana, já totalmente decidida a estar sempre unida com Deus, na mais completa abnegação pessoal. É um dom oferecido pelo próprio Deus a todo aquele que se deixou trabalhar pelo seu FOGO (grandes ou pequenas purificações; aquelas descritas por João da Cruz ou aquelas de que o Santo não fala…). De fato, tudo o que integra a nossa existência pode transformar-se em momento privilegiado de purificação/santificação).
No dizer do P. Lacordaire Lagrange, este silêncio representa o supremo esforço da alma que sai de si mesma, sem saber nem poder já expressar-se. A título de atingir tal nível que lhe é por Deus oferecido, a alma deve abeirar-se do último e supremo esforço na colaboração com o trabalho divino. Eis que, somente, então, é que chamadas ‘núpcias espirituais’ acontecem…
O silêncio divino que vai alastrando por todo o ser da pessoa, é mais eficaz aliado de Deus! Dito de outro modo: é o próprio Deus que avança na posse da pessoa, de modo que nada Lhe fica oculto, nada Lhe passa despercebido. Por óbvio, esse processo traz sofrimento. Dá-se aqui a purificação dos ídolos pessoais que, em ambiente de deserto, são postos em evidência.
Finalizamos com a poética e orante canção O DEUS DE MINH’ALMA, da Comunidade Toca de Assis..
Quero encontrar o tesouro
O céu que está em mim
Mergulho dentro de mim
Encontro o Deus, o Deus de minh’alma
A oração, o silêncio me levam ao encontro
Um lugar escondido no meu coração
Adorarei no silêncio divino
A beleza do céu
Um Deus tão próximo esperando por mim
Por mim
Essa presença divina
Faz crescer meu amor
Me entrego, me dou
Como hóstia de amor
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Evangelização no Terceiro Milênio: A mítica do silêncio (Final)
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