Evangelização no Terceiro Milênio: O caminho de santidade cotidiana em Josemaria Escrivá

 
 
A santidade pessoal não é uma enteléquia, mas uma realidade concreta, divina e humana, que se manifesta constantemente em facos diários de amor”
 
JosemariaEscrivá – in O CAMINHO
 
 

Corria o ano de 1902, quando nasceu, na Espanha, São Josemaria Escrivá. Eis que no século XX, considerado um tempo de profundas rupturas/transformações na humanidade, um tempo de mudanças de paradigmas sociais, políticos, econômicos, religiosos etc que acarretaram grandes reviravoltas no modo de pensar, de ser e de estar no mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo propõe, por meio de um homem, um caminho simples para alcançar a santidade.
No dizer do próprio Monsenhor Josemaria Escrivá, em entrevista concedida ao L’Osservatore dela Domenica, em 1968, trata-se de procurar“chegar à santidade em meio do mundo, no meio da rua. Quem recebe de Des a vocação específica para a Opus Dei sabe – e vive – que deve alcançar a santidade em seu próprio estado, no exercício do seu trabalho, manual ou intelectual”.
 
Entre as valiosas obras de sua autoria,  destacam-se três livretos, intitulados Caminho, Forja e Sulco. Tratam-se de livrinhos de bolsos, contendo pequenas gotas de sabedoria, pequenos conselhos para homens e mulheres, datados e situados naquele século tão conturbado, alcançarem a santidade em seus próprios estados de vida (casados, solteiros ou consagrados), idades, profissões e condições sociais.
 
Tais livretos tiveram sua primeira edição em datas muito oportunas. Vejamos:
CAMINHO – teve a sua redação iniciada em 1925 (ano em que ele foi  ordenado Sacerdote), aparecendo pela primeira vez em 1934, com o título de “Considerações espirituais”; em 1939, data da segunda edição aumentada, recebe o nome atual e definitivo: CAMINHO. 
 
SULCO – São Josemaría deixou o livro pronto para publicação, faltando apenas a revisão final, que não teve tempo de fazer. A primeira edição, já póstuma, deu-se em 1986.
 
FORJA – surgido de experiências místicas vividas pelo santo na Festa da Transfiguração do Jesus Cristo de 1931. Sua primeira edição só se deu em 1987, após sua morte. Trata-se de sua última obra.
 
Nesses livretos, São Josemaria Escrivá propõe, em forma de frases curtas, pequenos conselhos para uma via de santidade, a saber, a santidade buscada pelo ser humano inserido no mundo, a santidade experimentada pelo homem datado e situado no século então vivido. Trata-se de sobrenaturalizar a vida cotidiana, seja em seu âmbito pessoal, seja nos familiar, profissional, esclesial e social.
 
Falecido em 26 de junho de 1975, em odor de santidade, Monsenhor Josemaria Escrivá foi beatificado por São João Paulo II em 17 de maio de 1982, por quem também canonizado  em 06 de outubro de 2002. Seus restos mortais encontram-se em Roma, em uma urna sob o Altar da Igreja de Santa Maria da Paz.
 
A via de santidade proposta por São Josemaria Escrivá para o homem do seu tempo, verifica-se hoje (segunda década do século XXI, em plena vigência do neopaganismo) ainda mais atual, oportuna e urgente.
 
Belém receberá a visita de Dom Carlos Lema Garcia, Bispo Auxiliar de São Paulo, no dia 16 de março de 2017. Profundo conhecedor da obra de São Josemaria Escrivá, a quem conheceu pessoalmente, Dom Carlos participará durante o dia, na Faculdade Católica de Belém, de um Simpósio intitulado “A missão de uma Faculdade Católica na Amazônia de hoje”, e,  às 19h, proferirá uma palestra/pregação, na Catedral, sob o título “São Josemaria Escrivá e sua proposta de santidade cotidiana”. É uma oportunidade única ouvir uma palestra/pregação sobre o caminho/itinerário de santidade proposto por São Josemaria Escrivá, a título de fomentar o nosso caminho pessoal de santificação cotidiana. Como ele próprio nos diria: “a vida corrente é o verdadeiro lugar da existência cristã”.

 

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