O programa “Igreja de Belém na COP30” vai ao ar toda quarta-feira, às 15h45, pela Rádio Nazaré FM. Para acompanhar, sintonize a frequência 91.3 e acompanhe uma das mais importantes conferências mundiais que acontecerão na Cidade das Mangueiras. Caso você perca algum programa, pode escutar a reprise nos sábados, no mesmo horário.
Apresentado pelo professor Mário Tito Almeida, o programa vem divulgando o que a Arquidiocese de Belém vem fazendo para acompanhar o evento climático, uma discussão mundial que mobiliza nações para tratar do futuro do planeta.
A Rádio Nazaré FM conta com a participação de outros membros da Comissão Nacional “Igreja na COP30”, que tem como representante da Arquidiocese de Belém o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Paulo Androlli, durante o programa, como a professora Graciete Cardoso e a religiosa Ir. Maria Rejiane Dias.
Arquidiocese acompanha a conferência climática
A Arquidiocese de Belém vem se organizando para acompanhar a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) que vai acontecer de 10 a 21 de novembro deste ano na capital do Estado do Pará. A conferência mundial irá alterar a rotina de Belém e, assim, a Igreja também estará atuando como instituição que quer contribuir com a intensa discussão social que o evento suscitará com repercussão em todo o planeta.
O assunto já vem sendo discutido, internamente, no Brasil com vistas a preparar bem a conferência. O foco central no meio ambiente é um dos principais fatores que contribuem para que a Igreja acompanhe o que se passará durante a COP30. Esse envolvimento parte da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), por meio de uma comissão nacional com representantes dos núcleos regionais da entidade episcopal. Dom Paulo Andreolli, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém, integra essa comissão, cuja meta é preparar o envolvimento da Igreja na conferência.
Dia 24 de maio passado, a Carta Encíclica “Laudato si’: Sobre o cuidado da casa comum”, do então Papa Francisco, completou 10 anos de promulgação. O documento, publicado em oito idiomas, considerado um marco na abordagem da Igreja Católica sobre as questões ambientais e sociais, tornou-se referência moral, espiritual e ambiental para líderes, instituições e cidadãos preocupados com o futuro do planeta.
A ‘Laudato’ aborda a crise ecológica, a interconexão entre a crise ambiental e a social, e a necessidade de uma “ecologia integral” aliada à conversão pessoal, mudança de estilo de vida e ação coletiva. A encíclica teve grande impacto e repercussão, não somente na Igreja, mas na sociedade em geral, por isso, suscita debates, ações e movimentos em prol da sustentabilidade e da justiça socioambiental.
O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, avalia que “a encíclica ‘Laudato si’ permanece atual, com muita presença na vida da sociedade e na vida da Igreja, por isso, ela também anima a nossa discussão sobre assuntos ligados à COP”.
O bispo Dom Paulo compartilhou parte do que a Igreja de Belém já vem fazendo durante a coletiva em que Dom Julio Akamine foi apresentado à Imprensa no dia 28 de maio passado. O bispo ressalta a encíclica ‘Laudato si’ como um documento importante nessa jornada rumo à COP30. “Sabemos o quanto a encíclica ‘Laudato si’ inspirou a Campanha da Fraternidade deste ano, com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).
Citando o Papa Francisco, o texto da CF nos lembra que “estamos no desenho decisivo para o planeta: ou mudamos, convertemo-nos ou provocaremos, com nossas atitudes individuais e coletivas um colapso planetário. Já estamos experimentando seu prenúncio nas grandes catástrofes que assolam o nosso país. E não existe planeta reserva, só temos este! Embora ele viva sem nós, nós não vivemos sem ele. Ainda há tempo, mas o tempo é agora, é preciso, urgentemente, de conversão”, ressalta Dom Paulo.