“Fortaleçamos a Igreja doméstica!”, pede Dom Alberto, Arcebispo de Belém

Foto: Frame/Tv Nazaré.
 

ASanta Missa pela TV e mídias sociais favorecem a evangelização e a riqueza de dons junto aos lares sintonizados.

No segundo domingo da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia, este ano no dia 19. Instituída em maio de 2000 pelo Papa João Paulo II, a Festa da Divina Misericórdia acontece para a propagação, a pedido do próprio Cristo, da devoção na Divina Misericórdia. Em Belém, celebrações marcaram a festa que tradicionalmente conta com procissão e bênção dos quadros, este ano cancelados. Uma delas, na Residência Episcopal, presidida por Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, e transmitida pelos meios de comunicação da Fundação Nazaré.

Nas palavras do então Papa João Paulo II, à época da canonização da polonesa Irmã Faustina Kowalska, no dia 30 de abril, a Divina Misericórdia é um “convite perene para o mundo cristão enfrentar, com confiança na benevolência divina, as dificuldades e as provas que esperam o gênero humano nos anos que virão”. Em tempos de pandemia e de isolamento social a Festa da Divina Misericórdia ganha outro tom para os cristãos a fim de que, neste período, os gestos de misericórdia multipliquem-se.

Em sua homilia, Dom Alberto comentou a Festa da Divina Misericórdia como “um dia que dura uma semana toda”. Sobre o Evangelho, o Arcebispo recordou que nas duas aparições que Nosso Senhor realiza, os templos encontravamse fechados: “depois que Jesus ressuscitou não existem mais portas fechadas, não há barreiras intransponíveis, não há problema sem solução porque Ele venceu o inimigo maior, o inimigo mais forte que todos: a morte. E tendo vencido a morte e o pecado, ele abriu-nos as portas da redenção através da Sua misericórdia.”

Dom Alberto considerou em sua homilia que Jesus traz a paz mostrando a sua face de misericórdia, celebrada pela Igreja naquele domingo como uma festa: “nós a recebemos, nós a acolhemos, nós recebemos o fruto da ressurreição de Cristo e queremos que o Espírito Santo que é infundido sobre nós espalhe esta misericórdia.”

Por fim, destacou que neste período cada pessoa possa encontrar seu campo de prática da misericórdia: “médicos e outros profissionais de saúde, e são tantos os exemplos recentes de verdadeira imolação, desdobram-se em misericórdia sobre os doentes, cientistas estão nos laboratórios de pesquisa, seu campo de misericórdia.”

Continuou dizendo: “misericórdia será a acolhida às parcelas mais carentes da sociedade, especialmente as populações de rua. Misericórdia tem sido as inúmeras campanhas por cestas básicas para quem chega a passar fome. Misericórdia será a responsabilidade social de quem obedece a todas normas estabelecidas pelas autoridades. Misericordioso será o que usa a máscara ou que lava as mãos com frequência. Misericórdia será superar os gastos superflúos sendo mais pobres de bens e mais ricos de caridade. Misericórdia será nossa capacidade de vencer o orgulho de uma pretensa onipotência.”

MEIOS DE COMUNICAÇÃO E A CRIATIVIDADE

A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) impôs uma mudança de hábitos aos fiéis. Em nome da preservação da saúde, do cuidado com o dom da vida, a orientação das autoridades de Saúde acolhidas pela Igreja é que sejam evitadas aglomerações e mantido o isolamento social. Antes da bênção final, Dom Alberto destacou o grande trabalho que a Fundação Nazaré e seus veículos e redes sociais vem realizando.

Na impossibilidade de participação presencial, as celebrações transmitidas pelos meios de comunicação, ainda que limitados, ganham mais relevância: “A misericórdia é a criatividade das celebrações transmitidas pelos meios de comunicação, meios aparentemente limitados que são revestidos pelo manto da misericórdia e trazem a paz, aquela que o Ressuscitado anunciou mostrando as suas chagas gloriosas”.

Desde o dia 17/03/2020, a Rede Nazaré de Televisão privilegia a Missas, com a participação também do Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro. Desde a referida data, a emissora transmite Missas de segunda a sexta-feira às 7h, 12h e 18h, aos sábados às 9h, 12h, 15h e 18h e aos domingos 7h, 10h e às 18h.

A rádio Nazaré FM (91,3 Mhz) atua simultaneamente a TV Nazaré, e o Portal Nazaré acompanha a liturgia de segunda a sexta-feira às 7h, 12h e 18h e domingos às 7h, 10h e às 18h. A página da Fundação Nazaré de Comunicação no Facebook também transmite Misas diárias às 12h, de segunda a domingo, direto da Residência Episcopal.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

Ainda na celebração, Dom Alberto fez uma consideração sobre os templos fechados e a impossibilidade de se comparecer presencialmente às celebrações, ressaltou a importância das igrejas domésticas e da comunhão espiritual.

“As portas dos templos podem não se abrir, mas as portas da Igreja estão abertas, principalmente através das Igrejas domésticas porque o Senhor entra em todas as casas. Não existem portas fechadas para Ele e, sobretudo, corações que queiram estar fechados para o Senhor. Nesse breve momento de comunhão, desejo envolver todas as pessoas que estão em suas casas para que vocês sintam-se unidos a nós fazendo a sua comunhão espiritual, desejando ardentemente a comunhão com o Senhor, sabendo que você pode entrar em comunhão com ele através da palavra e da caridade.”

Por fim, ele louvou a Deus:

“Deus seja louvado por essa experiência bonita de comunhão, de aproximação, de relacionamento, de vida de igreja e que você tome posse agora desta possibilidade que nosso Senhor nos concede".

 


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