A banda Gen Rosso apresenta-se em Belém nos dias 3 e 4, no projeto "Toda vida tem esperança", iniciativa da Fazenda Esperança. Ingressos: (91) 3215-7001/98401-9632 (WhatsApp)/email: turnê.belem@gmail.com.
O Jornal Voz de Nazaré entrevistou a banda.
VN – Como o Gen Rosso chega a Belém?
GR – Não é a primeira vez que o Gen Rosso vem a Belém, e desta vez há uma coisa muito importante: não será somente o Gen Rosso em cima do palco, e sim, também os 200 jovens da Fazenda da Esperança que estão em recuperação das drogas, do álcool e do crime com uma grande vontade de mostrar a todos e ao mundo, que nasceu uma nova esperança na vida deles. E o projeto tem como titulo ‘Toda Vida tem Esperança’, título da turnê que o Gen Rosso está fazendo no Brasil. Graças a Fazenda da Esperança estamos em Belém. E esta Fazenda está realizando tantos milagres, tantas obras milagrosas nos corações desses jovens. E aqui em Belém há duas fazendas, uma masculina e outra feminina. Então a estratégia que a Fazenda para resgatar esses jovens não é tirar alguma coisa dos corações deles, mas sim, colocar o amor de Deus nesses corações, tudo isso através da vida, da palavra de Deus, do trabalho e da comunhão. E com esses 200 jovens, nos preparamos com oficinas de hip-hop, teatro, música, dança e documentação, para realizarmos juntos o espetáculo Street Light. E o que o Gen Rosso traz de novidade, é a vivência nas artes e esse um pelo outro, pra dizermos juntos da vontade de recomeçar, renascer para uma vida social nova e ter um pelo o outro.
VN – A música e a espiritualidade focolarina dão ao Gen Rosso um diferencial?
GR – Gen Rosso são duas palavras: Gen (Geração Nova) e Rosso, vermelho em italiano, pois foi a cor da primeira bateria nossa, que ganhamos de presente em 1966, da Chiara Lubich – fundadora do Movimento dos Focolares – e desde então muitas baterias foram mudando, assim como os nossos componentes, sempre com uma novidade, sempre de um lugar diferente, nação diferente, experiência e idades diferentes. Agora somos 18 de 4 continentes, e viajamos pelo o mundo, em contato com os povos, cultura, religiões diferentes, do México a Cuba, da Tailândia à China, no Oriente Médio e, em tantos outros lugares que não dá para contar. A nossa experiência em viagens pelo mundo é grande, mas posso dizer que somos uma grande família, porque são experiências que vamos colhendo em muitos lugares. E assim a mensagem que o Gen Rosso leva é “Que todos sejam um", como assim mesmo disse Jesus. E isso nós podemos traduzir principalmente em nossas vidas cotidianas, mas também na arte, na música e na dança. E nas várias maneiras do espetáculo, para dizer de maneiras diferentes que, a unidade é, sim, possível, a nível familiar, educativo, esportivo, político, econômico, porque unidade é sinônimo de solidariedade. Agora, nós queremos andar pra frente, levando essa palavra ‘unidade’, com todos os meios de comunicação. Transformar a vida em canção e colocar em prática essa canção em nossas vidas, e convidando a todos, a fazerem essa mesma experiência. Porque a vida assim é muito mais bonita e leva à felicidade.
VN – Brilho na arte, fazer o bem, partilhar esperança e animar o futuro. O que trazem a Belém?
GR – O musical nasce de uma experiência verdadeira, que fala de um jovem negro que morava no Gueto, um dos bairros perigosos dos Estados Unidos, comandado por gangues, habitado apenas por afro americanos, e se chamava Charlie. Havia algo de especial dentro dele, vivia pela fraternidade universal, queria levar a todos os lugares essa mensagem, para todos. E essa mensagem chegou até agora aqui em Belém com o Street Light. E é uma história de vida, porque vemos nessa turnê do Gen Rosso, o quanto há vida nas oficinas, quantos meninos e meninas que fazem parte conosco, dão e recebem de uma vida que já fazem parte. E queremos dar ao público de Belém essa vida de Charlie, de ideal e unidade. Queremos proporcionar a todos no espetáculo essa história de vida verdadeira, de vivermos uns pelos outros, e que cada motivação que nós tivermos é para ser dom para o outro, e assim como Charlie, queremos tomar decisões assim, queremos que seja por ‘algo maior’, seguindo o ideal de Deus. Um personagem do musical é Jordan, que faz parte de uma gangue, muito amigo de Charlie. A sua fidelidade à gangue vem medir em prova. E no final Charlie paga com a sua vida, em acreditar que no fim, o mundo será mais unido. Não contamos o que acontece com Jordan, mas o fato é que a história é real, já se expandiu em tantos lugares desse mundo. Faz-nos dizer que é uma história muito atual, que podemos nos reconhecer, porque as vezes nosso coração se volta para o ódio e para o amor. Iremos ver o que acontece também com Jordan. O espetáculo tem vários estilos musicais, do hip-hop ao rock, várias coreografias, tudo para lançar esta mensagem em Belém.
VN – Gen Rosso traz a confiança de Chiara Lubich da pequena semente que faz a diferença. Que semente plantam em Belém?
GR – O mesmo segredo de nossas vidas, pois viemos de tantas nações diferentes, somos 18 de quatro continentes diferentes, e cada um tem seu percurso diferente também. Queremos dizer que é uma combinação que nos deixa felizes, e o sentido de viver para Deus é sentir que ele nos ama imensamente, com as nossas diferenças, limites, dúvidas. Ele nos faz sentir assim, nos ama do mesmo jeito. Deus não que deixes de fazer ou mudes algo, ele nos ama assim e basta! Então, podemos dizer que pra gente, mesmo com nossos limites, religiões diferentes é, sim, possível que todos sejamos uma única coisa, assim como Jesus nos pediu. Posso dizer concretamente que esses 50 anos, e a esperança que Chiara depositou no Gen Rosso, seja essa faísca de que todos sejamos um.
VN – Quem convidam?
GR – Toda vida tem esperança. Por isso a Fazenda da Esperança nomeia esse projeto. Queremos convidar especialmente os jovens, porque, particularmente a história de Charlie, é como a de tantos jovens, que hoje vivem ou viveram isso. E para cada um desses jovens que estarão lá presentes, deixamos uma mensagem com as palavras finais da canção, ‘Se queres, tu podes’. E queremos convidar especialmente, também, aquelas pessoas que perderam a esperança de alguma forma, porque nas dificuldades desses corações, pode sim, nascer novamente essa esperança, e estão sendo convidados a assistir ao espetáculo na primeira fileira.
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Gen Rosso faz shows em Belém
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