Graduação para surdos na UEPA

Um passo importante deu-se para a implantação da nova graduação voltada para surdos na Universidade do Estado do Pará (Uepa). Terça-feira, 21, houve a  cerimônia oficial de abertura da Sala Revoluti, que abrigará as aulas do curso de graduação em Pedagogia Licenciatura na perspectiva Bilíngue – Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Língua Portuguesa.
 
A inauguração aconteceu na presença de pesquisadores e estudantes da comunidade acadêmica da Uepa. Eles conheceram de perto o espaço, pensado de forma inovadora para garantir acessibilidade aos alunos. A estrutura permite a flexibilidade das mesas e cadeiras acopladas aos computadores, que podem ser organizadas em grupos conforme a metodologia da aula.
 
O curso dispõe de tecnologia de ponta. Não necessita de quadro magnético, pois as anotações são feitas diretamente no computador. Por meio de uma plataforma digital serão conectados 12 polos de educação à distância, entre eles a Uepa, única instituição da esfera estadual do país.
 
Maria Joaquina Nogueira, coordenadora de graduação em Belém, disse que o curso vem “contribuir para a formação de sistemas educacionais bilíngues para as crianças surdas chegarem às escolas e serem atendidas por pedagogos capacitados conforme as necessidades deles”.
 
A graduação é um projeto pioneiro, realizado em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines). De acordo com o coordenador do Núcleo de Educação Online da instituição, Bruno Galasso, estão previstos ainda equipamentos complementares para a captação de imagens, que permitirá a transmissão e gravação das mensagens expressadas gestualmente.
 
O projeto é inovador no estado do Pará, afirma o reitor da Uepa, Juarez Quaresma. “Este é um dia muito especial para a inclusão da acessibilidade na universidade. Sabemos que é uma demanda que ainda precisa de muito investimento, mas a cada passo nos aproximamos mais do atendimento às pessoas com deficiência”.
 
A sala fica no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), cujo espaço físico foi redimensionado para atender demandas sem implicar em perdas para outras atividades. “A contribuição do projeto para a formação dessas pessoas foi o ponto principal que nos fez identificar locais ociosos ou mal aproveitados. Teremos ainda o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão, que é ao lado da Sala Revoluti, para ser essa área  uma referência de educação especial”, afirmou o diretor do CCSE, Anderson Maia.
 
 
 
 
 

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