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24Jesus contou outra parábola à multidão: “O reino dos céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora…. Queres que vamos arrancar o joio? 29O dono respondeu: Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo… 31Jesus contou-lhes outra parábola: “O reino dos céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo…” 33Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O reino dos céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”… 37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao reino. O joio são os que pertencem ao maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. O Filho do homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu reino todos os que fazem outros pecarem e os que praticam o mal;… 43Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos ouça”.
Comentário
O capítulo 13 de Mateus é pleno de parábolas. No domingo passado versava sobre o que é “a Palavra de Deus” e hoje, sobre o que é “o Reino de Deus” anunciado por Jesus.
O “Reino dos Céus” em Mateus equivale a “Reino de Deus”, porque os Céus é o local de Deus; e nós queremos estar onde Ele esteja.
Diante de nós temos três parábolas explicando o que seja o Reino de Deus: 1ª)“O Reino dos Céus é como um homem que semeou…”; 2ª) “O Rei dos Céus é como uma semente…”; 3ª) “O Reino dos Céus é como o fermento…”. Estas parábolas nos conduzem à situação de Jesus e à situação da Igreja primitiva. Quanto à situação de Jesus: os fariseus se admiravam que Jesus não se isolasse do mundo pecador, numa comunidade à parte. E quanto à situação da Igreja primitiva: escandalizava a muitos de que nela nem todos fossem santos. Portanto não devemos espantar-nos, pois a Igreja não é a comunidade de santos e sim “local de salvação” dos filhos de Deus.
Ora, o tema eclesiológico indicado, está presente na parábola com o do juízo final. Entre os servos dedicados existem os impacientes que querem antecipar o juízo final (v.28) e os humanos não devemos julgar as consciências por dois motivos: 1º porque Deus estabelece o tempo de julgamento e o homem não deve antecipá-lo; 2º porque o homem não sabe julgar o interior de alguém sem incorrer no erro.
O texto nos relata dizendo: “Enquanto dormiam…” Isso revela a nossa preguiça ou “corpo mole” na ação evangelizadora. É fácil atribuir a satanás, que assumir nosso descuido e interesse na luta pelo triunfo do bem. Jesus descreve satanás, mais como instigador que como autor do mal.
As outras duas parábolas subsequentes têm um ângulo comum: o surpreendente contraste entre a pequenez do ponto de partida e a grandeza imensa daquele de chegada. Também aponta o Reino grandioso já presente na pequena semente (minúsculo grupo dos discípulos), e sua força já operante no punhado de fermento: a dinâmica do Reino.
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Homilia Dominical: São Mateus 13,24-43
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