Igreja do Brasil celebra o mês vocacional

 
No mês de agosto, tempo para oração e reflexão, a Igreja, em especial a do Brasil, volta-se para as vocações, leigas, matrimoniais, sacerdotais e religiosas.  Instituído na 19ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em 1981, o Mês Vocacional, como é conhecido, tem como objetivo conscientizar as comunidades da responsabilidade que elas compartilham no processo vocacional. É por isso que cada domingo do mês de agosto é dedicado à celebração de uma determinada vocação. No primeiro, celebram-se o os ministérios ordenados, em especial o sacerdócio; no segundo, parte da Semana da Família, o matrimônio; no terceiro, a vida consagrada; por fim, no quarto, a vocação dos leigos.
 
Do latim, “vocare”, que significa “chamar”, vocação é uma inclinação, tendência ou habilidade que leva quem a possui para uma carreira ou profissão. Na Igreja, as vocações têm papel fundamental na missão, evangelização e manutenção do trabalho pastoral. 
 
Para Padre Lindomar Pinheiro, assessor da Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Belém, todas as vocações estão a serviço da Igreja e são um convite feito por Jesus, presente no Evangelho de São Mateus (9, 37-38): “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”. 
 
“Vemos que é um mandato de Jesus. A vocação, e amplio para todas, é um apelo, um chamado que Deus faz para cada um de nós. Devemos ter consciência desse nosso chamado e saber o que Deus quer de cada um nós”, afirmou Padre Lindomar.
 
Para ele, é de extrema importância fomentar as vocações, principalmente as matrimoniais, pois, a partir dela surgem novas: “a família é o seio de toda vocação, por isso, deve ser incentivada a partir dos preceitos ditos pela Igreja. Os pais devem, antes de tudo, ser os primeiros animadores vocacionais de seus filhos”.
 
Ainda segundo o sacerdote, o momento para se pensar no chamado de Deus dá-se ainda na juventude, logo após o Sacramento da Crisma, cabendo a orientação à Pastoral que anualmente organiza dois eventos, a Jornada Vocacional, em fevereiro, e o Festival Vocacional, em agosto.
 
“Às vezes o jovem encontra-se sem um referencial e precisa de alguém para dar esse discernimento. A animação vocacional é uma pedagogia que levará esse jovem a conhecer melhor qual vocação seguir. A pastoral é aquela que semeia e está intimamente ligada à missão da Igreja”, finalizou.  
 
Em cada semana a celebração de uma vocação

Primeiro Domingo 
 
– Vocações Sacerdotais 
– Dia do Padre
O sacerdote age em nome de Cristo e é seu representante dentro daquela comunidade. Ao padre compete ser pastor e pai espiritual para todos sob sua responsabilidade. Pela caridade pastoral, ele deve buscar ser sinal de unidade e contribuir para a edificação e crescimento da comunidade de forma que ela se torne cada vez mais atuante e verdadeira na vivência do Evangelho.

Segundo Domingo
 
 – Vocação Familiar 
– Dia dos Pais
Neste  domingo  celebra-se a  vocação  da família na pessoa do pai, por ocasião do Dia dos Pais. A família  é chamada por  Deus a ser  testemunha  do amor e da fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Toda vocação concerne em primeiro lugar ao próprio interessado, mas, visto que ela é um ato de Deus, inclui os outros. Neste sentido, um lar cristão, por sua existência, é uma testemunha viva prestada ao amor de Deus.

Terceiro Domingo 
 
– Vocações Religiosas 
– Dia da Vida Religiosa
No terceiro domingo do mês vocacional, a Igreja lembra-se dos religiosos, homens e mulheres que consagraram suas vidas a Deus e ao próximo. Desta vocação brotam carismas e atuações que enriquecem nossas comunidades com pessoas que buscam viver verdadeiramente seus votos de castidade, obediência e pobreza. São testemunhos vivos do Evangelho.

Quarto Domingo 
 
– Vocações Leigas 
– Dia dos Ministérios Leigos
No dia, celebram-se todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos trabalhos pastorais e também missionários. Os leigos atuam como colaboradores dos padres na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e nas diversas pastorais existentes. Ser leigo atuante é ter  consciência do chamado de Deus a participar ativamente da Igreja e do Reino, contribuindo para a  caminhada  e  o  crescimento  das comunidades.

 
 
 

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